terça-feira, 29 de novembro de 2011

Curtindo na rede (2)


Ano passado, excluí minhas contas de todas as redes sociais em que me atrevi criar um perfil. Enjoei. Na virtualidade mesmo só mantive meu blog, mas amigos me diziam que era bacana se manter conectado e tal, daí, voltei pro “face”, porque é sim bacana se manter conectado, informado e todos os etc da vida on-line, no entanto, ainda não era minha intenção ter um milhão de amigos, porque eu não tenho um milhão de amigos. 

Porém, é um problema recusar convite de amizade, especialmente daquele que você sabe que está certo do seu sim, por outro lado, aceitar sempre implica em ter um montão de coisas que não o (a) interessam no seu “feed”.

E, embora me importe com os sentimentos alheios, eu não curto fazer média! Então, geralmente não aceito aos convites de amizade de quem eu não tenho proximidade (e eu não estou falando de proximidade geográfica); ocasionalmente faço uma “faxina” entre os “amigos”, (algumas pessoas mantêm um perfil, mas não usam, outros falam com todos menos comigo_ esses últimos vão pro limbo fácil!); raramente faço convites; e, via de regra, assino apenas atualização de status.

Contudo, não faço isso por me achar mais “mega power” que os outros, na verdade, faço porque não pretendo ser como os que se estabelecem como juízes de seus “amigos” e ficam tirando onda com os posts que consideram inúteis_ acho isso feio! Até porque, eu mesma uso o Facebook para, além de compartilhar leituras que considero interessantes, tratar de banalidades, porque suponho que entre meus amigos eu possa ser, inclusive, a bobona que eu sou.

sábado, 26 de novembro de 2011

Quase uma unanimidade

Tema: Máscara

Usamos diferentes máscaras para diferentes situações. Sim, NÓS usamos. Não adianta usar o discurso do "sou assim o tempo todo", pois sabemos que a banda toca bem diferente e que praticamente todos nós usamos máscaras todos os dias para as mais diferentes situações.

Poderia dizer que elas estão intimamente ligadas aos nossos comportamentos, que são nossos sentimentos e como QUEREMOS parecer para os outros? Sim. E veja bem, como QUEREMOS. Daí para ser de verdadeiramente daquele jeito ou para convencer já é outra história.

Eu poderia também aderir aqui ao discurso da Pitty “o importante é ser você (...) tire a máscara que cobre o seu rosto...”, mas, meu amigo, vou te dizer, depois de um tempo as tais máscaras de fato são necessárias, artigos de sobrevivência mesmo. Usá-las tem a ver com falsidade? Sim, mas nem sempre. Elas têm a ver também com jogo de cintura ou política da boa vizinhança. Muitas vezes sem querer somos obrigados a colocar a máscara da seriedade, do bom comportamento, da segurança, do bom humor, antes que nos joguem na arena para os leões.

O problema é quando a tal máscara gruda e a pessoa deixa de lado quem de verdade para assumir um papel que não é dela, para não ser ela. Daí nem sempre há o retorno à essência. Bem complicado.



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Máscaras: você fica sem?


Eu não. E estou despida de qualquer máscara quando digo isso.

Dá pra gente dizer tudo o que sente? Tudo o que pensa? Se expor sabe-se lá para quem? E a troco de quê? Vale a pena ser sempre sincero sem se importar com o quanto uma coisa pesa nos ombros do outro? Ou nos nossos? Dá para se entregar para o outro sem cerimônia: nossa miséria e nosso júbilo?

Não.

Eu aprendi da pior forma que não - e tenho marcas para provar isso.

Além disso, sob o discurso do "sou sincero", já vi muita gente cometer atrocidades. Porque sinceridade virou sinônimo de falta de filtro: digo o que penso porque sou sincero e não uso máscara. Sinceridade também é jeito, quando não puder ser delicadeza - o que muitas vezes acontece.

Acho que as máscaras são mais uma daquelas milhares de coisas que podem se tornar boas ou más: são neutras por excelência a servem aos nossos propósitos. É o caráter e a intenção de quem a usa que define o que ela vai ser. Você pode é claro ser a pessoa mais falsa do mundo, mas não é disso que estou falando: estou falando de sensatez, tanto para si mesmo quanto para os outros.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Eu só me enfeito


 Tema: Máscaras






Assim como os acessórios que valorizam a roupa e a maquiagem que disfarça algumas imperfeições, as máscaras me caem bem. É a elas que eu recorro pra tentar ser um pouco discreta no que diz respeito ao meu interior. Àquilo que eu pretendo revelar apenas aos mais íntimos, ou a ninguém. E são elas também que me ajudam a manter em segredo um sentimento ou um pensamento que não precisa ser revelado, para que não me faça sofrer e não decepcione o outro. 

Apesar disso, minha cara me condena. Meu passado, nem tanto. Mas parece que eu tenho o coração delineado nos olhos e pintado nos lábios. Preciso fazer um esforço danado pra convencer o outro de que está mesmo tudo bem. Mas sigo tentando fazer uso sim, das máscaras, apenas como um delicado enfeite.

 Porque nem todo mundo merece conhecer a pessoa meiga e romântica que existe atrás do meu bom dia. Porque nem todo mundo precisa conhecer a pessoa doce e sonhadora que existe atrás do meu obrigada. E menos gente ainda precisa conhecer a pessoa carente e ansiosa que existe atrás do meu com licença.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O eu e o Monstro


Não. Não me fale em paz de espírito. Guardo embaixo do tapete todos os meus pecados, todos os meus erros. O esqueleto está no armário. Cultivo duplicidades. Lustro a placa pendurada na porta onde se lê: Fantasmas, sejam bem-vindos.

Não me fale em autenticidade. Em meu corpo etiquetas várias: Made in China. Made in Paraguai. Made em manicômio.

Não me fale em transparência. Faço da vida um baile de máscaras. Sob os paetês encontra-se em perfeito estado a cara do Jason. O espelho ecoa o “quem é você” e eu devolvo "quem é você?" e nesse círculo vicioso dialogamos. Sou aquilo que se vê, e sou mais ainda aquilo que me guardo.

Não me fale em coerência. Pela liberdade de ser quem não se é. Pela liberdade, inclusive, de escrever o que não se é.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

E você usa o quê?!


Tema: máscaras

Duro é saber que as pessoas não se vestem apenas com as máscaras que lhe escondem o verdadeiro humor do dia, mas com as que lhe escondem a verdadeira identidade, que não poucas vezes, pode ser tão surpreendente que me leva a pensar se, de fato, foi mesmo a máscara quem auxiliou o engano, ou foi a venda nos olhos de quem olhou “o mascarado”.

Ora, muitas vezes, percebo a grande confusão ao se ter atitudes como: formalidade, educação, consideração em momentos atribulados, por assim dizer, onde seria natural agir de maneira contrária, como se isso fosse disfarce, máscara. Mas seria mesmo um disfarce não “misturar as estações”? Eu, por exemplo, para "o grande público", sou séria, tímida, comedida, mas quem me conhece um pouco mais, sabe que posso ser bem diferente disso, costumo dizer, inclusive, que isso é o bônus da intimidade. Estaria eu fingindo ser séria, tímida, comedida?! Acho que não.

Então, como distinguir o fingimento da sinceridade, o “apropriado para o momento” do “fazer média”? Difícil saber, pois ninguém é o mesmo com todo mundo em todos os momentos, e é igualmente difícil saber se o fulano é quem está de máscara, ou se sou eu quem está usando uma venda.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Minhas mil faces


Tema: Máscaras


Máscaras são usadas para cobrir o rosto. Assim, com o rosto coberto, os outros não podem ver sua real expressão. Fica mais fácil, você pode simular todos os seus atos e manipular quem está ao seu redor. Se você tiver medo ou vergonha de se mostrar, é só escolher uma máscara e colocá-la.  Se você quiser saber quais as reais intenções dos outros antes de realmente se revelar, a máscara também pode ser útil.

Confesso, tenho minhas máscaras e as uso quando preciso. Às vezes me ajudam às vezes me atrapalham. Às vezes escolho a máscara errada ou às vezes ela simplesmente cai antes da hora, sem que eu perceba. Nesses casos, a exposição prematura me assusta, sinto-me nua. Mas passado o susto, é quando me sinto mais à vontade dentre todas as situações... Usando apenas a máscara da minha pele.

domingo, 20 de novembro de 2011

You're wearing a mask. You look better that way, but will rain.


Tema: Máscara.

É meu amigo, a máscara lhe cai bem.  Se você tirar a máscara, se mostrar a pessoa carente e egoísta que você é, provavelmente as pessoas vão te evitar permanentemente. Você se sai bem nesse jogo de fingir ser boa pessoa, de fingir ser amigo, de fingir estar à disposição. Seu sorriso envolve e as pessoas muitas vezes nem percebem que são usadas como alimento para o seu ego...

Eu, no seu lugar, não tiraria a máscara. Principalmente porque acredito que debaixo dela não há nada agradável. De qualquer forma, preciso avisar, uma hora chove, sempre chove, e nessa hora a máscara vai desmanchar...

Inspirações:


sábado, 19 de novembro de 2011

Vida, escolhas, aprendizado


Tema da semana: escolher um incidente e desprezar outro é um modo de inventar a própria vida.
“A vida é feita de escolhas”. Tenho reforçado isso a cada episódio de Being Erica que vejo. Já falei sobre a série anteriormente e uma frase muito forte dita pelo personagem Dr Tom é “somos a escolha das nossas decisões”. A partir do que escolhemos, dos caminhos que percorremos, nossa vida vai sendo moldada, inventada.
Não acertamos o tempo todo, é através dos erros e dos incidentes escolhidos ou deixados na prateleira que vamos nos aprimorando. Faz parte do aprendizado errar, acertar, cair, levantar.
Acontece também que a gente acha que inventa, a gente acha que escolhe, mas não é simples assim. A gente não vive sozinho no mundo e é aí que o bicho pega. Nossas escolhas muitas vezes mexem com as escolhas alheias, o nosso bater de asas aqui vira um tufão na casa daquele conhecido ali ao lado. Qualquer semelhança com a tal Teoria do Caos não é mera coincidência. São as nossas decisões que definem caos e calmarias futuras.
Seria tudo lindo se essas decisões dissessem respeito somente a nós mesmos. Mas não é isso que acontece.  O que deve ser decidido pra mim às vezes é algo que o outro deve ou quer  ignorar. Portanto, é preciso tomar muito cuidado. Fácil não é.


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Ou isto ou aquilo... O que traz cada um?

Tema: Escolher um incidente e desprezar outro é um modo de inventar a própria vida


Às vezes, eu me vejo como uma dessas pessoas que abraça tudo o que a vida me coloca. Na verdade, nem sempre é assim. Com os incidentes é a mesma coisa: a vida embaralha e oferece as cartas, mas sou eu quem escolhe o que fazer, quando fazer, como fazer. E ainda se vai fazer. É um poder de escolha unicamente nosso. O que não quer dizer que a gente tenha o poder de escolher todas as coisas...

... Mas por que  não escolher os incidentes que pudermos?
 
Bom, sempre se escolhe uma coisa em detrimento da outra, o que quer dizer que ao escolhermos alguns incidentes, desprezamos outros, certo? Afinal, não dá para ter tudo. 

As nossas escolhas são em parte responsáveis por aquilo o que nos tornamos. Ou nos aquilo o que somos influência nas nossas escolhas? Acho que como várias coisas na vida, é uma via de mão dupla. O fato é que os incidentes que a gente escolhe fazem com que nosso caminhos possam ser os mais diversos.

E o que passa a nos rondar é: E se... o incidente fosse outro, o caminho fosse outro, o emprego fosse outra, a decisão fosse outra, a pessoa ao nosso lado fosse outra?

Se a gente  não escolhe ao acaso, a vida também não é inventada ao acaso. Vejo as pessoas andando por aí com pranchetas, canetas e folhas de desenho invisíveis, podendo, a qualquer hora, inventar a própria vida. E toda a vez que alguém escolhe não escolher, se priva simplesmente de viver:

A sua folha de desenho existencial não passa de um borrão de carvão.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Aceito a condição.

Tema da semana: escolher um incidente e desprezar outro é um modo de inventar a própria vida.

Pois é. Quantas vezes eu já disse isso? Acho que do alto dos meus 24 anos, essa é a verdade que já aprendi da vida: tudo é uma questão de escolha. E uma escolha sua. Ou minha. Melhor: nossa. Porém eu posso te escolher e você não me escolher. Ou vice-versa. E assim a gente vai inventando a nossa história.
 
O grande lance é que para cada escolha tomada, o cara necessariamente vai abandonar uma outra possibilidade. É isso que precisa ser entendido e aceito. Abre-se uma porta, fecha-se uma janela. E talvez seja essa a grande dificuldade que mora atrás de uma escolha.
 
Eu sou a indecisão personificada. Detesto essa condição. Porém, aceito a condição. Concordo com o Amarante. Por isso, essa é a minha música: 

  


Ah, se o que eu sou
É também o que eu escolhi ser
Aceito a condição
Vou levando assim
Que o acaso é amigo
Do meu coração
Quando fala comigo,
Quando eu sei ouvir...
 
Rodrigo Amarante

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

À memória, essa deusa

Tema da semana: escolher um incidente e desprezar outro é um modo de inventar a própria vida.


E a vida é de novo feita assim, de escolhas. Não sei se essa frase me caiu como um raio como diria o Poirot da Agatha Christie, mas sei que ela me partiu em dois. Na verdade a maior parte de nossa história, de ideologias, de gostos e amores são frutos da memória e só. Você podia odiar aquele menina que te encheu o saco quando você tinha 10 anos, mas algo que ela/você fez apagou da memória a crueldade e hoje ela é sua madrinha de casamento.


Você poderia enfim sair daquele relacionamento que está te machucando demais e que você diz que não em busca de um autocontrole que nem é autocontrole e opta por lembrar apenas de como a  noite anterior foi ótima e esquece que a despedida foi péssima.


Como quando você lembra que quem te sugeriu essa música muito massa foi aquela pessoa especial pakas e daí ouve e ouve e ouve mesmo a letra sendo fraca, a melodia descompassada e a cantora desafinada e mesmo que você queira dizer que ela é assonante a verdade é que isso te dói os ouvidos.


Ou quando você ignora que nesse emprego não há chances de mudanças e faz tempo que não se dedica para que isso aconteça mas mesmo assim finge que está tudo bem e que a oportunidade está por vir.


Talvez quando pela milésima vez o cara que você transa chega ao clímax e "ano-luz" é a melhor definição para quão distante você está distante de alcançar o mesmo mas mesmo assim você sorri quando ele vira para o lado e dorme porque você sabe que fez alguém feliz no mundo.


A sua vida não é uma questão de fatos, mas de memória. A mediocridade não é feita de memória, mas de fatos.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Nem tudo conta!

Tema da semana: escolher um incidente e desprezar outro é um modo de inventar a própria vida.


Ao ler o tema, chamou-me a atenção o “inventar a própria vida”, isso fez eu me lembrar de uma amiga que se lhe perguntam “como vai?” ela responde com um “tudo bem, se eu não tiver que contar os detalhes”.

Então, me diz aí, na resposta dela, não, não está tudo bem porque existem detalhes ignorados? Ou sim, está tudo bem porque o ignorado é só detalhe? Hã?! 

Percebe como essa questão de priorizar ou desprezar algo é extremamente pessoal e circunstancial?! Talvez sua resposta de hoje não seja a que você teria dado semana passada, ou sua resposta de hoje não se mantenha até sua próxima crise, enfim.

Seja como for, assim como minha amiga, alguns preferem sempre destacar o que lhes deixam mais confortáveis, o que não significa necessariamente que ao desprezarem determinada situação ela deixe de existir, isso é fato. Mas se está nas mãos de quem conta (vive) um "conto" aumentar um ponto, é possível diminuir também, ué!


domingo, 13 de novembro de 2011

Sobre as minhas escolhas.



Tema da semana: "Escolher um incidente e desprezar outro é um modo de inventar a própria vida".

As vezes eu escolho lembrar de cada sofrimento, as vezes eu escolho lembrar de cada sorriso. As vezes eu escolho acordar e visitar túmulos, as vezes eu escolho acordar e esquecer os mortos. As vezes eu esqueço as saudades, eu esqueço os carinhos e não quero que meus olhos brilhem lembrando as coisas que eu não vou ter mais. As vezes eu sinto as saudades e deixo meus olhos brilharem, ainda que eu saiba que é um brilho provocado mais pelo passado do que pelo presente. As vezes eu escolho ouvir uma criança e receber todo o carinho que ela tem pra me oferecer. As vezes eu escolho me irritar com o choro e deixar a criança por conta de quem a colocou no mundo. As vezes eu escolho tomar os remédios e cuidar de cada problema, mas as vezes eu escolho esquecer os remédios e encontrar uma forma de aumentar os problemas...  De qualquer forma, eu sempre escolho. Mesmo que a escolha seja me abster de escolher...

sábado, 12 de novembro de 2011

Quem garante?


Tema da semana:   Perto e distante, Tiê
Mexer com pessoas é complicado. Como já disse Martha Medeiros, misturá-las também.  Como bons humanos que somos, temos costume de julgar, rotular, estereotipar o outro, o que mostra que não sabemos conviver com aquilo que é diferente. Criamos expectativas em cima de pessoas sem que elas saibam (geralmente), no frustramos e depois ainda nos achamos no direito de dizer “Ah, fulano, como você me decepcionou”.
Então espera: estamos aqui, nesse mundo, para agradar os outros ou para nos agradar? Devemos atender àquilo que esperam da gente SEMPRE, mesmo que isso signifique deixar de lado nossas vontades, nossos anseios? E a nossa personalidade, nossas vontades, onde ficam?
Interessante como tantas vezes estamos convictos daquilo que somos e, no fim, a imagem que os outros têm é COMPLETAMENTE diferente daquilo que a gente afirma ser de fato. Somos estereotipados, carimbados e julgados tantas vezes por um ato, sendo que muitas outras  vezes somos muito além daquilo ali.  E se você tenta se afirmar, se explicar, mostrar que não é bem como dizem ainda te julgam como sem personalidade. Não sei lidar com isso.
Eu consigo garantir que sou quem eu digo que sou e sinto como digo que sinto. Os outros têm mania de achar que nos conhecem mais que nós mesmos, que sabem dizer exatamente como nos sentimos e pensamos em determinadas situações e acredito que não é bem por aí.
No fim eu ainda me questiono: quem garante que eu de fato não sou como me veem, mas não tenho peito para assumir isso? Vai que um dia descubro que não sou como penso que sou, mas como me veem, de verdade?
Confuso e complexo. 

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Das minhas expectativas sei eu, você sabe das suas

Tema da semana: Perto e distante, Tiê

Eu vou me frustrar e o outro também porque, por mais que a gente se dedique a preencher expectivas, nunca dá para ser o que o outro espera. E a troco de quê? Evitar conflito? Facilitar a convivência? Se acomodar porque é conveniente?

Não garanto que sou aquillo que o outro espera de mim porque não tenho controle sobre o que se passa em sua cabeça, coração e estômago. Tenho controle sobre as minhas ações e elas têm, é claro, um certo alcance nos demais. Mas como os outros vão me interpretar, me ler... Bom, não posso fazer nada a respeito.

Do mesmo modo, as pessoas não são o que esperamos delas e por isso a gente se frustra e se frustrar faz parte. O problema é que hoje em dia ninguém quer se frustrar, sentir dor, sofrer. Não que a gente deva querer, naturalmente. Todo mundo tem que caber na medida de nossos sonhos e expectativas e aí deles (e de nós, na verdade) se não der certo.

Acho que dá para ser muito mais feliz pensando muito mais no que as pessoas tem a oferecer do que exigindo coisas que não estão nelas ou que não estão preparadas para ser.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Parece mas não é

Tema da semana: Perto e distante, Tiê


Mesmo que às vezes seja chato parecer ser o que não é, gosto de brincar com esses rótulos. Tem coisas na gente que qualquer um é capaz de reconhecer, não importa se de perto, ou distante.

- Você é tão meiguinha!

Mas talvez pouca gente ou quase nenhuma consiga se aproximar a ponto de enxergar além. Pouca gente é capaz de entender de nós, aquilo que passa despercebido a nós mesmos. E algumas outras poucas sabem muito bem quando estamos usando um disfarce.

- Você não é mal-humorada!

O engraçado é quando alguém consegue acertar logo aquela máscara que você usa só de vez em quando e com bastante delicadeza, pra que tudo - até mesmo você - se torne invisível. Surpreender-se com descobertas a nosso respeito pode ser bom. Eu gosto das pessoas que conseguem me ver de longe e me enxergar de perto. Mas eu adoro fazer com que imaginem que estão diante de uma miragem.






quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Rótulo diz alguma coisa


“Quem garante
Que o que você é
É o que o outro enxerga?

E qual a nossa parcela de responsabilidade em ser uma coisa e parecer outra? Ou, que obrigação temos de parecer o que somos? Ou ainda, que culpa temos em sermos o que parecemos e não nos darmos conta disso?
Às vezes é um fardo ser o que parecemos. Nos rotulam: nerd, patricinha, gostosa, hippie, supérflua, crítica, egocêntrica, inteligente, engraçada, “pau pra toda obra”, durona, frágil.

Somos e não parecemos
Quando nos rotulam pelo que parecemos mas não somos é triste. Nos rotulam de desencanadas e adeus, qualquer tentativa de se maquiar e arrumar vai parecer uma tentativa desesperada de desencalhar ou a “perda da essência”.

Parecemos e não somos
Quando não somos [apenas] o que parecemos é difícil. Nos rotulam de duronas e adeus, nunca mais você pode assumir que só queria um colo e poder chorar em paz pelo momento miserável que está passando.

Somos e parecemos
Quando somos o que os outros pensam que somos, e reconhecemos isso, agir conforme as expectativas pode ser um problema. Nos rotulam de engraçada e adeus, nunca mais você poderá ficar 3 minutos quieta em uma mesa.

Eu tenho a seguinte filosofia: o rótulo diz algo sobre o produto, mas para conhecê-lo é preciso prová-lo.

                             

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Não há garantia.




Quem garante que meus esforços serão reconhecidos? Quem garante que meu amor será correspondido? Quem garante que estou no caminho certo? Quem garante que eu não serei enganada novamente? Quem garante que você é o certo? Quem garante que eu serei entendida? Quem garante que você me amará para sempre?

Quem garante?

domingo, 6 de novembro de 2011

Eu garanto.


Tema da semana: Perto e distante, Tiê . (música)

“Quem garante
Que o que você é
É o que o outro espera de você?
(...)
Quem garante
Que seguindo adiante eu possa enfim viver?
Sem me comparar
Sem me entristecer
Sem tentar mudar
Sem poder entender
(...)
Quem garante
Que o que você é
É o que o outro enxerga?”



Eu garanto, não sou o que o outro, ou os outros, esperam de mim. E não sou também o que eu espero de mim. Sou só uma pessoa perdida em um labirinto do qual não consegue sair... E nós sabemos, é esperado mais que isso das pessoas, é esperado que tenham algum senso de direção, principalmente quanto à própria vida, aos próprios sentimentos..

E se eu conseguir sair desse labirinto, eu garanto que não vou partir pra uma vida diferente, não vou “enfim viver” , principalmente se isso implica em seguir um caminho de maneira leve, sem muitos devaneios, sem muitas paranóias, sem muitos questionamentos, pois provavelmente entrarei em um novo labirinto . Não consigo evitar, sempre vou comparar o que eu sou com o que eu poderia ser, caso não fosse tão fraca. Vou sempre me entristecer pela minha fraqueza, sempre tentar mudar... E, infelizmente, não vou entender porque não consigo nem mudar, nem me conformar. Eu devia conseguir fazer pelo menos um dos dois.

Por fim, também garanto, não sou o que os outros enxergam. Mas não importa... Afinal, quero ser vista?

sábado, 5 de novembro de 2011

Je ne regrette rien

                                                      Tema da semana: arrependimento, faz diferença?
 Se tem um tema que veio a calhar, com certeza, é o dessa semana. Confesso a vocês que fiquei com um baita nó na garganta ao ler os textos das outras meninas, me identifiquei com algumas partes, discordei com tantas outras, mas devo confessar: parece que o assunto foi escolhido na medida da minha carapuça.
A história é longa demais para que eu conte aqui agora e poderia soar sem noção ou dramática demais para a maioria dos leitores do Meninas Improváveis. Mas olha, estou arrependida. Aliás, sou uma pessoa constantemente arrependida. Isso quer dizer que eu só faço burradas? Talvez. Mas não deixo de tirar lição de tudo que passo.
Até um tempo eu queria fazer uma tatuagem com a frase Je ne regrette rien, da música da Edith  Piaf. A frase pode ser livremente traduzida como “não me arrependo de nada”. Logo parei a pensei: eu realmente não me arrependo de nada? Mentira, eu me arrependo sim e sofro com isso, fico remoendo, me contorcendo, autossabotando. Pelo menos reconheço as besteiras e ainda me sobra humildade para  tantas vezes me desculpar, me arrepender.
Estou acompanhando o seriado Being Erica. Nele, a protagonista, uma mulher de 30 e poucos anos, se vê cercada de problemas e arrependimentos que foram se acumulando ao longo da vida. As coisas começam a entrar nos eixos a partir do momento em que ela adere uma terapia “pouco convencional”. A partir de uma lista com as principais situações as quais ela gostaria de mudar, o terapeuta a transporta em uma viagem no tempo para que ela possa consertar os erros, sanar arrependimentos ou simplesmente perceber que ia dar merda de qualquer jeito. Estou encantada com a série, apesar de conhecer há tão pouco tempo.  
Tem dias que queria ter esse poderzinho da Erica do seriado, de voltar alguns anos, dias, horas, minutos até e remediar determinadas situações. Mas a vida não nos permite tal ousadia, infelizmente. Resta à pobre mortal que aqui escreve lamentar e tomar cuidado para não cair nas mesmas armadilhas mais uma vez.  Ou tomar uma dose de coragem para fazer algumas coisas e não cair naquela de “arrepender pelo que não fiz”.
Afinal, arrepender-se do que cometeu ou não, faz diferença? Faz a partir do momento que a pessoa tem consciência das coisas que fez (ou deixou de fazer) e busca tornar-se melhor por isso. E se não há mudanças de atitudes ou de pensamentos garanto que arrepender-se ou dizer-se arrependido é pura perda de tempo.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Se arrependimento matasse, eu já teria te matado

Tema da semana: arrependimento, faz diferença?

Se arrependimento matasse, você estaria morto?

Uma coisa que me perturba deveras são os discursos: "Não me arrependo de nada do que fiz" e o "Melhor se arrepender do que fez do que se arrepender do que não fez". A perturbação se dá porque ambos revelam um pensamento, no mínimo, egoísta: eu faço o que eu quiser, quando quiser, onde quiser porque eu sei lidar com o arrependimento, isto é, não o sinto - ou apenas o evito? Mas... E o resto?

Oi? Você não está sozinho no mundo, benhê. Tudo o que fazemos reflete, queiramos ou não, na vida alheia.
Vejo as pessoas se arrependendo de decisões que não foram boas para elas. Okay. Mas não vejo as pessoas reconhecendo e se arrependendo pelas coisas ruins que fazem aos outros. Ou será que com os outros sempre acertam? Muito duvido.

É relativamente fácil tomar decisões que nos favoreçam, a fim de evitar possíveis arrependimentos futuros, afinal, não se pode perder oportunidades - e ninguém quem sentir remorso, esse trago amargo. Ninguém quer se frustrar porque cada vez mais as pessoas estão sendo criadas para o "sim", para dar sempre certo, para o sucesso. Muito bom. Se apenas nosso sentimento importa, tanto faz quem está ao nosso redor, não? É isso mesmo?

Já vi pessoas fazerem barbaridades uma com as outras. Nenhum sinal de remorso. Nada. Você pode até não perceber que errou na hora. Mas e depois? E se você nunca percebe que erra? Nunca vai sentir remorso. Será que é falta de saber o que é certo e errado mesmo, cinismo ou pura maldade? Bom, são três boas receitas para evitar o remorso.

Reconhecer um erro, se arrepender e tentar se redimir (ou não errar de novo), bem, é  pra lá de válido. É assim que a gente cresce, não? (o que não é desculpa para pintar e bordar e depois ver que fez caca).

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Perdeu, playboy!

Tema da semana: arrependimento, faz diferença?


Sempre gostei da máxima "melhor me arrepender do que fiz, do que de ter deixado de fazer". Mas pensando bem, o melhor mesmo seria não se arrepender. Mas quem nunca se arrependeu de alguma coisa que fez ou que deixou de fazer? Acho que nesse caso, todos nós temos teto de vidro. Mesmo que seja de não ter colocado o guarda-chuva na bolsa quando exatamente no fim do expediente cai aquela tempestade. E nem vem com aquele papo do Raul de que a chuva é sua amiga. Confessa, vai! Alguma vez na vida, você já se arrependeu. E se foi de não ter levado o guarda-chuva, menos mal. Agora se a coisa da qual você se arrependeu gerou consequências mais graves que estragar a escova ou pegar um resfriado, querida, temos um problema. 

Quem lê meus textos sabe muito bem que eu sou o otimismo em pessoa e consigo ver lado bom em tudo. Em todo tipo de problema, enrascada, ferrada, resfriado, chuva, qualquer coisa. Mas no caso do arrependimento, não consigo ver muita vantagem. A merda toda já tá feita e quanto mais mexer, mais vai feder. No máximo, ao se arrepender de um erro, você vai tentar evitá-lo daqui pra frente. Mas daqui pra frente os ares serão outros. As pessoas serão outras. Até o guarda-chuva poderá ser outro. E aí, por outros motivos você pode escolher mal de novo. É por isso que acho que o arrependimento, por mais sincero que seja, não tem tanta validade. Não acho possível que por conta do arrependimento, alguém mude suas ações posteriormente. Porque cada momento tem sua peculiaridade e não faz sentido tomar uma decisão levando em conta um erro ou acerto do passado. 

E se errou, colega, o arrependimento serve apenas pra você ter certeza de que está lascada. Com sorte e dependendo do tamanho da sinceridade você pode até conseguir o perdão do outro. Mas o seu próprio perdão é o único que pode fazer, de algum modo, toda essa história valer a pena e você encontrar alguma utilidade pro arrependimento: a oportunidade de se conhecer e de se perdoar. Do contrário, não passará de lamentações. Que são chatas e cansam demais.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Arrependimento, eu não acredito em você


Qual é o tempo para o arrependimento? Logo depois que se reconhece o erro? Muito tempo depois? Não há tempo desde que venha?

Não acredito em arrependimento por simples força de caráter. As pessoas se arrependem quando aquilo que estavam fazendo não dá certo ou não dá MAIS certo como esperavam. O arrependimento não é, então, essa amostra de retidão, de ética ou qualquer coisa assim, o arrependimento nada mais é que uma mudança de estratégia. O choquezinho que faz um rato mudar de direção na gaiola do laboratório. Nada mais.

As pessoas costumam distinguir remorso de arrependimento. O remorso seria quando você percebe que errou mas não muda de atitude. O arrependimento seria quando se reconhece o erro e aí muda de atitude. O cristianismo, por exemplo, tem como pressuposto o arrependimento dos pecados e não o remorso deles. Bem, mas deixamos o cristianismo para lá.

Em vias práticas, o remorso é aquela ressaca no dia posterior e o arrependimento é aquele enjôo que vem toda vez que você vai tomar aquela bebida que te deixou MUITO mal certa vez e você não consegue mais beber aquela determinada bebida.

Não faço distinção entre um e outro. A diferença pra mim entre os dois é que no remorso a coisa está te fazendo bem, mas não é tão ruim ao ponto de você mudar, e no arrependimento aquilo já não te traz mais lucro de nenhuma espécie. E só.

Remorso é quando a mudança seria a melhor opção. Arrependimento é quando a mudança se faz necessária para o SEU próprio bem.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Acertando o passo

Tema da semana: arrependimento, faz diferença?


Sempre me angustiou ouvir tanta gente dizer que só se arrepende do que não fez... Mas eu pergunto: se você não fez, você não errou, não é?! Então, aí sim não cabe o arrependimento. 

Enfim, o que eu acho mesmo é que faz diferença sim e vale a pena corrigir um mau passo, e eu aprendi desde cedo que nos corrigimos por meio do arrependimento, pois ele é um processo de mudança marcado primeiramente pelo sentimento de pesar pelo que aconteceu; o reconhecimento do quanto nossa ação ou palavras podem ter atingido o outro... 

Porém, como todo processo, o arrependimento não acaba aí, há que se pedir perdão do ofendido, e sem querer entrar em questões religiosas, mas se conseguimos usar nossas palavras para ofender, porque não para nos “humilhar”?! 

E, por último, mas não menos importante, abandonar a atitude errada, do contrário, todo resto terá sido em vão.

É verdade que as coisas nem sempre vão voltar a ser como antes, talvez até melhore, mas se não, por que deixar de se corrigir, de se repensar?! É tão bom acertar o passo, viver em paz!