sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Já dizia o Seu Madruga

Tema da semana: Inveja

A avó do Raul dizia: Quem não tem colírio usa óculos escuros. Já a abordagens do Seu Madruga eram menos fisiológicas e mais profundas:

A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena.

Não sou fã de Chaves, mas sempre tomei essa frase para mim: a inveja faz mal e é uma completa perda de tempo, pois o tempo gasto reparando em tudo o que o outro tem (e você não) poderia ser gasto com novas consquitas.

Mas é sempre mais fácil reclamar, se colocar como vítima ou incapaz. Um tédio.

Quer alguma coisa? Pare de ficar olhando para a grama do vizinho e vá atrás daquilo que você quer. Faça alguma coisa. Nem sempre a grama dele é mais verde: às vezes é o nosso olhar de cobiça mesmo, porque a maioria das pessoas não sabe valorizar aquilo o que tem. E enquanto olhamos a grama do vizinho crescer, ele olha a do outro vizinho. E assim por diante. Um bando de insatisfeitos.

O ser humano parece ser um saco sem fundo quanto se trata de desejos inesgotáveis: sempre parece caber uma vontade a mais. E tanto tempo é desperdiçado quando se pensa em como seria bom ser/ ter aquilo o que ao outro pertence...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Não me inveje, trabalhe!

 Tema da semana: Inveja


 A inveja não é você querer o que o outro tem (isso é a cobiça), 
mas querer que ele não tenha. É essa a grande trajédia do invejoso. 
Zuenir Ventura

Encontrei essa frase jogada pela internet e nem faço ideia se é realmente de autoria do Zuenir Ventura. Suponho que, se for mesmo, seja de um livro dele chamado "Mal Secreto", que foi publicado na Coleção Plenos Pecados, da Editora Objetiva, sobre os sete pecados capitais. Faz sentido. Assim como já foi dito aqui, a inveja é o pecado que ninguém assume. Será que é o mais grave? Talvez o mais imperdoável? 

A crueldade do invejoso é indiscutível. Concordo com o Zuenir. Aquela sua prima não quer o seu vestido da ceia de natal. Ela quer derramar vinho nele. Pra que você nunca mais tenha o prazer de usá-lo. Se ela não foi capaz de comprar um modelo igual ao seu, porque teve muita falta de sorte e conseguiu ser mais gorda, porque você pode ter? Não. Esse vestido você não usa mais. O seu novo namorado não incomoda porque é lindo, rico e inteligente. Ele incomoda porque é seu, porque gosta de você. É isso que aquela sua colega do trabalho não suporta: o fato de que você tenha alguém que te goste. 

Querer ter um vestido do mesmo modelo que o da sua prima e encontrar um namorado tão bacana quanto o da sua colega não é pecado. Desde que, claro, não seja aquele cara, mas, quem sabe um amigo dele tão bonito e carinhoso quanto? E o que há demais em perguntar à prima em qual liquidação ela comprou o tal vestido e se, por acaso, não tinha um de outra cor? 

Bons exemplos, pessoas bem sucedidas e de bom gosto servem para nos abrir portas. Para nos dar a chance de conhecer pessoas melhores, fazer escolhas mais inteligentes. Ver que o outro seguiu um caminho e conseguiu o que queria é confortante e inspirador, muitas vezes. Se espelhar em alguém que deu certo é um ótimo caminho para começar acertando.


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Inveja eu? Nem moooorta


Você viu ela? Mudou o cabelo e tá se achando, nem achei que ficou bom. Você viu o Pedro, foi promovido e eu aqui, empresa não reconhece mesmo. A Ana come feito um boi e não engorda, já eu. Que carro é aquele do vizinho? Que adianta ter um carrão e 3 quilos de boleto? O namorado da Luiza nem é tão bonito como ela disse. Por que só ele é elogiado pelo chefe? Noooossa, mas que blusinha decotada. Quem vê esse cara saindo sempre acha que ele pode. Ela não tem mais idade para isso. Viajar pra onde??? Silicone? Os meus são naturais, bem melhor. Ah...é? Ele ganhou aquela promoção? Quem disse que eu queria isso? Simpatia demais é falsidade. Ele te ligou? Certeza que ela está tomando remédio para emagrecer. Eu no lugar dele, não é por nada, mas faria muito melhor.

Todos os dias o invejoso pede para ser outro porque não aguenta mais a própria terra árida que se tornou. 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ela flerta. Eu dou fora.

Tema da semana: Inveja


Dentre os conhecidos pecados capitais acho que a inveja é o mais renegado. As pessoas assumem a gula, a luxúria, a preguiça, a avareza, a ira, a soberba, a vaidade, entretanto, a pobre da inveja não, né?! Pega mal!

Mas, eu acredito que, ainda que em oculto, ela acontece sim em todo mundo, pois aquele desejo por algo que o outro alcançou e nós não (ou ainda não) surge sem prévia análise moral...

Claro que num segundo momento, sim, porque isso acontece em um segundo, direcionamos o pensamento para a via característica de nossa índole: ou podemos ser gratos pelo que alcançamos ou pelas possibilidades para conquistar; ou reconhecemos o merecimento alheio; ou simplesmente seguimos o caminho do invejoso.

Enfim, só sei dizer que não cultivo a inveja, mas que ela tenta me pegar, ah isso tenta, contudo, eu sou difícil, e ela pega mal, gente!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Se ela conseguiu, por que não eu?


Estou de volta e morrendo de saudades! =)

Mas vamos ao tema: Inveja.

Eu tinha uma professora no colegial que certo dia quis nos ensinar o que era inveja. E ela deu o exemplo dessa tal “inveja santa” que a Ana citou. Disse que muitas vezes, desejamos ter o que o outro tem, mas sem maldade, o que torna a tal inveja “aceitável”.

E pra falar a verdade, eu concordo com ela. Acho que a inveja é algo que é natural, instintivo do ser humano. Ninguém planeja ter inveja, simplesmente a sentimos de uma hora pra outra. Porém, isso não quer dizer que sejamos todos maus e desejemos a morte de quem tem o que não temos. Pelo contrário, acho que a inveja controlada pode até ser um incentivo para que a pessoa se esforce mais para talvez chegar a ter o que deseja. Isso, claro, sem nunca prejudicar o possuidor do objeto invejado.

domingo, 25 de setembro de 2011

Inveja começa com in, de inútil.


Tema da Semana: Inveja.

Poucos sentimentos são tão inúteis quanto a inveja. Pra que ela serve mesmo?

Há quem diga que a inveja  alheia nos faz mal, mesmo quando não fazemos idéia de que ela existe e o invejoso não faça nada contra nós. Minha mãe é partidária dessas idéias, e umas duas vezes em que eu frequentei o fundo do poço na minha vida, ela compartilhou comigo essa teoria. Eu não sei se concordo...  Concordo que às vezes há algo maior que drena nossas forças, mas não sei se a inveja seria a responsável por isso... De qualquer forma, não vejo utilidade em acreditar nisso, culpar os outros pelo meu desânimo? Pela minha falta de vontade? Pela minha preguiça de viver? Não resolve nada... E, além disso, acho que são os olhos de mãe o motivo dela pensar que eu sou invejável. 

Há quem fale sobre inveja santa...  Ontem mesmo eu invejei uma amiga que ia almoçar enquanto eu ainda teria que esperar meia hora, mesmo morrendo de fome.  Como não desejei que o almoço dela fizesse mal, ou caísse no chão, ou que ela não almoçasse, isso seria classificado como inveja santa. Acho que o termo inveja é mal empregado nesses casos... Quando admiramos algo em alguém, ou queríamos estar em uma situação parecida, isso não nos impede de reconhecer que a pessoa merece, tem todo o direito, e deve desfrutar do que quer que seja. Só quando isso está aliado à maldade ou ao egoísmo é que se torna algo realmente pernicioso,  aí sim é inveja,

De qualquer forma, não sou praticante da inveja. Não vejo utilidade. A inveja provavelmente deve desvirtuar o foco do invejoso, que fica concentrado na vida alheia, ao invés de correr atrás dos próprios objetivos. Totalmente inútil.... A não ser que a utilidade seja fazer mal ao invejoso. Ou seja, os adeptos da inveja aderem a um sentimento que só faz mal a eles, portanto só tem utilidade para quem quer se ver livre deles... Entende? Fica complexa a coisa... haha.

Enfim.. Não é tirando a auto-estima de alguém, que vou aumentar a minha. Não é engordando as pessoas magras, que vou emagrecer. Não é provocando a infelicidade alheia, que eu vou ser feliz. E existem tantos sentimentos inúteis mais prazerosos... E existem tantas coisas inúteis mais produtivas... Não sou lá um grande gênio, mas sempre soube ocupar meu tempo com coisas mais produtivas que a inveja como, por exemplo, morgar no sofá.  Talvez seja disso que os invejosos precisem, de um sofá novo! xD

sábado, 24 de setembro de 2011

Sobre escolhas e encruzilhadas

Tema: Encruzilhadas 
Podes dizer-me, por favor, que caminho devo segir para sair daqui? 
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
         Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato.
(Alice no País das Maravilhas - Lewis Carrol)
























Eis que o tema da semana é encruzilhada. A primeira coisa que veio em minha mente foi macumba.  É, gente, macumba, na encruzilhada, pipoquinha, pratinho de barro, pinga... Mas não, não vou falar aqui de nada relacionado à religião, até porque eu não tenho conhecimento a respeito disso. Prefiro enxergar a questão das encruzilhadas como caminho, direcionamento - ou a falta dele. 

Particularmente me vejo  hoje em uma encruzilhada. Durante boa parte da minha vida parecia que era tudo tão linear, tão "sei bem para onde vou, é esse o caminho" e de repente vejo estradas diferentes, rumos e possibilidades idem. E o que fazer? Não sei. 

Ver-se em uma encruzilhada significa estar diante de diversos caminhos, de decisões que precisam e devem ser tomadas. Para que a vida continue funcionando, para que você continue seguindo a estrada, é necessário fazer escolhas, deixar a tal da encruzilhada para trás. Mas às vezes é complicado fazer isso sozinho. Chega uma hora em que você se vê acompanhado ali também e não pode deixar o outro pra trás sem saber que caminho tomar. Às vezes a vontade é de ter alguém para pegar na sua mão e dizer "aqui, para esse lado"

E qual caminho tomar? Seria lindo se a gente sempre soubesse pra onde ir, né? Daí as encruzilhadas não existiriam, mas no fundo eu sei que viver perderia todo o charme. Escolher o rumo que se deve tomar faz parte do aprendizado, do crescimento de cada um. É pegando a estrada da direita, da esquerda ou seguindo em linha reta que podemos perceber o que estamos fazendo certamente (ou não) e o que podemos mudar. Acho que é isso.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Lili e a encruzilhada

Tema da semana: encruzilhadas

A estrada se bifurcava logo a sua frente. Lili encontrava-se numa encruzilhada. Ela parou e desceu da monark lilás e, antes que pudesse tomar qualquer decisão, avistou um homem à sua frente. Ele estava caído no chão. Completamente sozinho. Aproximou-se rapidamente. Desconfiou que já estivesse morto. Embora uma voz dentro da sua cabeça dissesse que não havia nada que pudesse fazê-lo voltar à vida, ela tentou. Reconhecendo que era alguma coisa cardíaca, tentou fazer com que seu coração voltasse a funcionar. Usou de seu tempo e de sua energia. Mas foi tudo em vão. O coração do pobre havia parado de funcionar definitivamente.

O grande dilema de Lili já não era a bifurcação, mas o cadáver que jazia sereno sobre a terra. Os primeiros urubus despontavam no céu. Nuvens plúmbeas se aproximavam curiosamente. Lili não conseguiria enterrar o homem. Pensou em levá-lo em sua bicicleta. Mas isso logo se mostrou impossível. Não poderia carregá-lo por muito tempo. Não agüentaria tal peso por muito tempo.

Entristecida, fechou os olhos do homem e deixou-o protegido por seu guarda-chuva. Não havia mais nada que pudesse fazer. Estar de mãos atadas lhe era por demais doloroso. Mas assim era a vida. Subiu em sua monark lilás e escolheu um dos caminhos. Não posso dizer qual. No fundo, ela sabia que os urubus fariam companhia para o cadáver. Olhou para trás diversas vezes e chegou mesmo a voltar uma parte do trajeto. Mas voltou a seguir o seu caminho. A chuva caía desesperadamente e Lili não podia mais voltar.


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pare, olhe, escute.

Tema da semana: encruzilhadas








Não é difícil pensar em momentos em que você esteve no meio de uma encruzilhada. Com certeza, mais de uma vez você se viu no meio de diversas possibilidades, sem saber pra que lado seguir. Com tantas opções, qualquer pessoa fica indecisa. Por trás de cada possibilidade existe uma escolha. Por trás de cada escolha, um caminho. Por trás de cada caminho, novas possibilidades. Enfim, estaremos sempre tendo que tomar decisões e com elas, assumir riscos. Porém, antes de pensar nos riscos - os vilões da novela - é preciso assumir as escolhas. E adimitir que junto com cada escolha, precisam nascer novas atitudes, para que o caminho valha a pena. Para que exista uma chance maior de acerto, não na escolha do caminho, mas no próprio caminhar, é preciso que o primeiro passo seja dado com vontade, com fé. É preciso que seja um passo sincero consigo mesmo. É aí que mora a dificuldade, pois os caminhos são muitos, mas estão todos do lado de fora. É preciso encontrar o caminho que está dentro de você. A partir dele, mesmo que você erre em uma esquina ou outra ou pegue um engarrafamento quilométrico, ou ainda, seja atropelado, de alguma forma, mais cedo ou mais tarde, você vai chegar ao seu destino.  











quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Ficar parado também cansa

Tema da semana: encruzilhadas

“Que a estrada se erga ao encontro do seu caminho
Que o vento esteja sempre às suas costas
Que o sol brilhe quente sobre a sua face
Que a chuva caia suave sobre seus campos





O único caminho seguro é o da escolha.

As pessoas podem viver durante muito tempo ao sabor do vento, como se a vida fosse uma linha reta e nada mais. E é por isso que eu gosto de bifurcações, encruzilhadas, uma curvazinha que seja. É nessa hora que a decisão de faz necessária.

Temos sempre a chance de optar, mas muitas vezes vivemos como se não a tivéssemos. Como se o destino estivesse traçado, definido e fechado para nós. E nos permitimos uma vida insossa porque afinal de contas, essa é a rota que nos foi dada.

Joga o mapa fora, menina!

Seguir passos alheios, em linha ainda, é muito chato. Arrisca o teu passo, faz o teu caminho, se orgulha do tropeço. Não, não é fácil. Nada como sentar numa pedra e ficar vendo o nada passar, mas acontece que a gente não pode fazer da passividade uma opção (obs.: Dai, tomar nota). Se errar é ruim, errar pela inércia é ainda pior.

Bora pegar os tênis de caminhada e escolher um caminho?



terça-feira, 20 de setembro de 2011

Não sei o caminho, mas eu descubro.


Lembro da situação da Alice no país das maravilhas tendo que escolher qual caminho seguir e o que o coelho lhe ensinou, talvez ele tivesse mesmo razão ao dizer que se ela não soubesse onde queria chegar não importaria qual escolhesse...

Mas afinal, será que desde sempre sabemos onde queremos chegar? E se não houver placas de indicação nos caminhos, e nos da vida não há, não teremos que desbravá-los para saber quais ou qual deles nos levará ao destino desejado?

Por esses dias, li a frase “se você nunca sentiu medo, vergonha ou dor é porque nunca correu risco”, daí me ocorreu que não faltará situação na vida em que não temeremos uma escolha; ou que não nos embaraçaremos diante dos outros porque o que queremos não corresponde ao que esperam de nós; ou que não sofreremos porque esperávamos outro resultado para o que escolhemos, pois viver é um risco!

Então, se arriscamos o caminho da direita e ele não funcionou para nós, mas ainda nos resta força, que voltemos ao centro e escolhamos o caminho da esquerda, ou o da frente ou o de trás... O que não podemos é ficar parados diante das opções ou seguindo a multidão, porque isso não nos fará protagonistas da nossa própria história, mas meros espectadores, e quem quer isso?!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Chuta que é macumba



A vida nos prega peças, isso é um fato que eu venho aprendendo a cada dia. E não adianta ensaiar a conversa, não adianta treinar no espelho a cara de diva, a cara de “hoje eu estou melhor”, não adianta pensar na roupa ou o tipo de cruzada na perna fatal que você dará. A vida não marca hora, não dá dica e não manda carta, mas sabemos: em uma encruzilhada por aí, os caminhos irão se encontrar.

Sabe aquele momento em que você não sabe o que dizer, fazer e agir? Pra mim, essa é a tal da encruzilhada. Então ela chega, toda inusitada, de batom vermelho, trabalhada na maldade e te exigindo e rápido uma resposta, uma decisão. E digo mais, é um momento mais do que necessário. Às vezes a gente empaca a vida esperando por algo, empaca a vida feito burro velho por não saber o que fazer e então a gente enrola, engana, mente e foge. Mas quando os caminhos se encontram, ali, cara a cara, não tem jeito. A verdade vem, a indecisão some e a sua vida anda. Um ponto final é dado.

São nas encruzilhadas que são colocados os feitiços, são nas encruzilhadas que devemos escolher um caminho por onde seguir e é também na encruzilhada que paramos, devemos parar e então dar um passo, olhe para os todos os lados e passe.

Então por favor, não tenha medo. A hora vai chegar, é fundamental. Olhe nos olhos, seja firme e não recue jamais. Não precisamos ter medo do encontramos por aí, precisamos é de coragem e de pulso firme. Não há nada que não possamos resolver ou caminho que não possamos passar.

domingo, 18 de setembro de 2011

"Descobrir um caminho e uma nova direção"

Tema da semana: encruzilhadas.


"Vou chegando à encruzilhada 
Descobrir um caminho e uma nova direção
Onde eu piso vou deixando o que não sou... "

A palavra “encruzilhada” geralmente remete à macumba, ou à tomada de decisão diante de diversos caminhos, cujos destinos não se sabe ao certo. Duas coisas ruins?

Bom, entendo nada de macumba, de galinha preta só conheço a banda e de exu caveirinha só o jeito Wanessa de dançar. Sobre os caminhos, talvez eu tente entender, talvez eu pense diferente... 

As vezes é preciso mudar o rumo, e ainda que a seja agoniante a ansiedade que nos invade quando precisamos tomar alguma decisão diante de múltiplas escolhas, muitas vezes é melhor uma escolha incerta, do que uma certeza ruim. Entendem? É como na música citada... Uma oportunidade de deixar certas coisas pra trás. O que não somos, o que não queremos, o que não nos satisfaz, ou o que nos machuca constantemente. Talvez a decisão tomada não nos leve a um caminho melhor mas, mais cedo ou mais tarde, haverá outra encruzilhada. Um dia acertaremos o caminho! ;)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Quem colocou esse bendito limite aí?

Tema da semana: Limites

Às vezes, se ultrapassa limites como o de velocidade. Gosto de velocidade, mas não ultrapasso o limite de velocidade nem o do meu modesto um ponto zero. Mas que dá vontade, isso dá. Algumas coisas parecem nos convidar a ultrapassá-las: ruas e avenidas sem obstáculos, a.k.a. lombadas, são um bom exemplo. Mas estas são justamente o limite - ou nos servem para lembrar do mesmo.

A balança serve para nos lembrar do nosso limite. O de peso: o nosso ou o do prato. Em tese, avaliações médicas também. Mas confesso que o meu desprezo por elas ficou patente ao constatar que estou acima do peso, que passei do meu limite - só no mundo deles. Não, não estou acima do peso, na verdade, é justamente o contrário: preciso ganhar massa muscular - quase me derruba o vento. Se eu fosse uma pessoa com sério problemas de auto-estima, cheia de neuras, com algum distúrbio alimentar... Aí ia ser realmente interessante a minha reação: iria testar os limites da minha saúde - e de quebra, da minha sanidade.

Sou leniente demais com as limitações alheias e de menos com as minhas: sempre acho que aguento mais um pouco. O fato é que aguento, ultrapasso meus limites com uma facilidade dolorosa, mas a que preço? Vale a pena mesmo eu sempre ir além dos meus limites quando lido com pessoas? Não.

Cada vez mais tenho a sensação de que tenho potencial para ir muito além daquilo que penso a princípio. Ultrapassar meus limites. E isso me conforta e me motiva a ultrapassá-los, tanto aqueles que tenho mesmo quanto aqueles que impus (ou que impuseram) para mim.

Sim, tenho cuidado sempre com isso: separar os limites que me são inerentes, daqueles que me impus, daqueles que me impuseram  - e que desceram guela abaixo.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Mínimo X Máximo

Quando se trata de limites, geralmente estamos muito mais preocupados com o máximo que com o mínimo. E com essa preocupação toda em não extrapolar, ou mesmo em superar os limites, pensando apenas no máximo, esquecemos que o mínimo pode ser até mais importante. Se tantas vezes sentimos tamanha dificuldade em ultrapassar os limites, como se, apenas dessa forma e de nenhuma outra, pudéssemos agarrar o objetivo, porque não pensar e trabalhar nossos limites sobre um outro ponto de vista? 

O mínimo também é um limite. E em muitos casos, o mínimo é mais exigente de nós, do que o máximo. O primeiro passo pode ser mais pesado do que o último. Por isso, se temos o mínimo de respeito, de dignidade e de fé, passar da conta deixa de ser uma preocupação. E o máximo não siginifica mais o limite. Ou vice-versa. 

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Cada um no seu quadrado

Tema da semana: Limites


Foi no aniversário de uma amiga do trabalho, no barzinho da esquina, numa quarta, noite de jogo. Enquanto o garçom tardava com o drink e o isqueiro, ela achou ter visto um gatinho na outra área do bar xingando o árbitro da partida. Foi notada, trocaram olhares, telefones, informações: ela, bióloga, amava gatos; o gato, arquiteto, amava biólogas.

Tudo normal! Eram bonitos, independentes, seis meses juntos e já dividiam o aluguel do apê

No início, a química ditava as regras, como em todo início!

Mas, ela fumante, ele alérgico; ele corintiano, ela não conhecia impedimento.

Logo, quarta-feira + jogo + cigarro = discussão.

Daí, em noite de jogo, ela se agarrava ao cigarro esperando por ele no apê, enquanto ele contava as glórias do timão na área pra não-fumantes de um bar qualquer.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Adorável Psicose

Tema da Semana: Limites.

Sua vida era um tênue limite. A beira de um ataque de nervos, passava tardes escaldantes em frente a maquina de escrever num incansável processo de datilografar meias frases para rasga-las logo em seguida em chuva de papel picado que se espalhava por toda sala.

Ensaiava todos os dias a cena final do romance, mas lá pelo fim da tarde já não sabia recitar nem a primeira fala. Queria falar-lhe as coisas do coração, as que entalavam no peito e faziam revirar as ideias. Porém, sua voz ultrapassada a garganta era inaudível aos ouvidos alheio, enquanto aos próprios berravam-lhe os pensamentos.

Entre amor e ódio vivia tórridas paixões, entre desejo e repulsa virava as noites, gargalhadas e choro se alternavam tão rapidamente que mal sabia-se quando era um ou outro. Aquela inconstância toda perturbava lhe o sono, o apetite, o trabalho, a disposição para viver e, principalmente, todos que a cercavam.

Há 10 anos sua vida era sim. Os 12 meses vinham infalíveis um a um trazendo a tormenta, o desespero da alma, a voracidade da gula, a luxúria que lhe tomava o corpo. Nos primeiros anos culpara a adolescência, com seus insolúveis problemas e a conturbada descoberta dos amores impossíveis. Com o passar dos anos já não tinha mais a quem culpar, senão o destino que a fez mulher.

Dedico esse post a todas as meninas que, assim como eu, vivem suas improváveis TPM no limite da loucura.

Cah*

P.S.: Meninas, muito obrigada por deixarem eu matar a saudade!

domingo, 11 de setembro de 2011

Limites.


Tema da Semana: Limites.

Enquanto uns dizem que não há limites para as criações humanas outros dizem que o ser humano é limitado. Como conciliar os dois pontos de vista?

Se o ser humano é realmente criativo, nem por isso é inteligente, está aí uma grande limitação. E se a fome, as disparidades sociais e o sofrimento humano são frutos dessa limitação, aonde está a criatividade para resolver esses problemas?

Disso aí eu "tiro" que sim, há limites para as criações humanas. As criações humanas esbarram no ego, na motivação financeira, na falta de foco...

A sociedade individualizada, roubando o título do livro do Bauman, limita as criações humanas. 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O problema é a rebimboca da parafuseta


Tema da semana: Pessoas que tiram vantagem

Se para Dai a história é com pedreiros, meu receio é sempre em relação aos carros. Desde que passou pela minha cabeça a possibilidade de dirigir e ter um carro, veio a preocupação com os inúmeros mecânicos que iriam me passar a perna.

Bom, o carro veio. Li sobre o seu funcionamento e tudo mais, mas não ajudou muito não. Quem me ajuda é o meu pai que me dá a maior orientação do mundo e que me recomendou o mecânico dele, uma pessoa de confiança. Só que mesmo essa oficina de confiança soltou propositalmente uma peça do porta-malas dele. Para quê? Para que ele voltasse lá e pedisse para verem o que estava errado. Aí já viu...

Mas ele entende do assunto e prendeu ele mesmo a peça. E o mecânico dele é de confiança. Vai vendo. E eu pergunto: como deixo meu carro nas mãos de gente assim? Gente que quer nos passar a perna? Um dia eu vou ter o meu próprio mecânico e vou ter que dar um jeito de fazer esse papo de mecância adentrar gentilmente o meu cérebro, do contrário, estou na roça, ou na mão de gente que vai querer vantagem que alguém que ignora o automóvel que tem, ou seja, eu!

Eu devia querer conhecer o meu carro porque é meu e não para que não tirem vantagem de mim. É chato ter que estar sempre alerta contra os "espertinhos" que nos espreitam por aí.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O mundo é dos espertos



Tema da semana: Pessoas que tiram vantagem

Como já foi dito aqui, concordo que a Lei da Seleção Natural é válida e funciona muito bem. Quem sabe se virar melhor acaba conseguindo passar na frente e consequentemente tem maiores chances de atingir o objetivo com maior rapidez. Em todos os lugares há aquele tipo de pessoa que, com jeitinho, consegue o que quer. Eu não vejo problema algum em se dar bem, sendo esperto e inteligente e sabendo aproveitar boas oportunidades. O problema é se o sujeito resolve se dar bem sendo desonesto e trapaceiro. E o mais incrível é que em vários momentos, a malandragem é vista como um grande feito, e sempre tem um ou outro pra aplaudir e comemorar.

O que não falta por aí são pessoas que se apropriaram da boa-vontade dos outros ou usam golpes de esperteza para chegar a algum lugar. Seja uma furada de fila, um troco recebido a mais e não devolvido ou até conquistas mais valiosas, como por exemplo uma vaga de emprego, uma fraude em provas de concurso público, o superfaturamento de uma obra pública. Há formas e jeitos de tirar vantagem pra todos os gostos e pra todos os fins: bons ou ruins. Quem manda é a consciência e o caráter, detalhes pequenos quando comparados a dineiro, poder e satisfação pessoal.  

Não há nada demais em saber tirar proveito de nossas qualidades para atingirmos nossos objetivos. Está mais que certo aquele que sabe usar suas melhores características em prol de seu sucesso. Mas um cuidado com o limite entre explorar nossas habilidades e usar as habilidades - ou até mesmo os defeitos - do outro para se promover, não pode deixar de existir. Mas tem gente que gosta mesmo de viver na aba do outro, agindo como um parasita, aproveitando de tudo um pouco para se dar bem. Felizmente, mais cedo ou mais tarde, o parasistismo acaba, porque o hospedeiro se dá conta de que perdeu toda a sua energia e, literalmente, a fonte seca. Sem falar que as pessoas que convivem com um parasita acabam percebendo suas atividades de roubo de energia e passam a se manter cada vez mais longe dessas espécies, evitando qualquer tipo de contato ameaçador.  

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Pedreiros, água no quintal e tirar vantagem

Tema da semana: Pessoas que tiram vantagem

Estão construindo uma casa no fundo da casa em que moro (na outra rua, e não no meu quintal). Há cerca de um mês ou mais, acordo às 7h00 com o barulho dos pedreiros cantando, gritando um para o outro, quebrando a parede ou serrando algum treco.


Hoje de manhã, pleno feriado, eles vieram trabalhar. O dono da construção deve estar com pressa. Eu ouvi o barulho mas não levantei, não fui lá nos fundos. Depois descobri que eles tinham montado uma estrutura, um andaime sem nos pedir. E agora fiquei sabendo que também estão usando nossa água. Amanhã, se bobear, farão a massa no meu próprio quintal.

E daí outras pessoas me disseram: é melhor nem falar nada se não é capaz de eles ainda trazerem pessoas aqui e roubarem até a grama do jardinzinho.

Isso me irrita. Me irrita os pedreiros não pedirem para entrarem em casa, me irrita o próprio dono não ter tido a gentileza de dizer "olha, farei uma casa aí nos fundos, queria pedir a paciência de aguentarem a roupa que vocês estendem no quintal ficar toda cheia de poeira de construção", me irrita eles usarem minha água e me irrita muito mais ainda a possibilidade do que disseram ser verdadeira.

O dono da casa sabe que lá, provavelmente, não tem água. No entanto, não está preocupado em como os pedreiros estão fazendo o milagre do "jorrar a água". 

Pessoas que tiram vantagem por tabela não é mais ameno do que se ele entrasse em casa e abrisse a geladeira e bebesse e comesse às minhas custas sem me pedir. Pessoas que dão uma de joão-sem-braço, um dos piores tipos de aproveitadores.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O X da questão


Tema da semana: Pessoas que tiram vantagem.


Não sei dizer se o espertalhão vence sempre, mas que ele prejudica a muitos, ah isso prejudica! Vejamos uns casos:

Caso 1: Você está prestes a ser atendido numa fila de banco, na qual já esperou muito além do previsto por lei, e eis que surge aquela simpática figura (sim, porque simpatia é primordial em tais situações) como se fosse a única com o “feijão no fogo”, ou com um “marido impaciente buzinando fora da agência”, ou com “dores crônicas na coluna” e todo aquele blá blá blá de derrubar avião, e nesse caso em particular, você é o avião que acaba caindo na conversa fiada e se permitindo pagar as continhas da figura, ou cedendo um lugarzinho privilegiado a ela. 

_ Coisa boba, né?! Né não, minha gente, isso é grave, pois acabamos de “presenciar” a queda de um avião cujo único sobrevivente foi a figuraça que passou na frente da galera que aguardava a vez.

Caso 2: Você mega confia numa criatura, vocês estão numa conexão bacana, parecem falar a mesma língua e tal, e de repente seus olhos são desnudados com uma visão do inferno: ela só estava ao seu lado porque você era “o dono da bola”, pois quando sua mãe (entenda mãe como vida e todas as suas mazelas) chamou você para entrar, a criatura amiga alijou você da vida dela. 

_ Isso também é grave, não é simples ciúmes porque fulaninho fez novos amigos, mas é que fulaninho não é mais seu amigo agora que a brincadeira teve que parar.

Caso 3: Uma pobrezinha anda morrendo de amores por um principezinho de brejo, mas todo mundo sabe, menos ela, que o carinha só tá pegando a mulé porque ainda não arranjou coisa melhor, ou porque dá para tirar algo mais dela, além de sua auto-estima.

E não é curioso que o alvo não seja todo mundo, mas principalmente aquele que esboça carência, insegurança, ou que é dado a confiar?!...

É como se houvesse um X na testa das vítimas em potencial, mas, pior, que não houvesse coração no peito dos “espertinhos”.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Se segura, malandro



Tema da semana: Pessoas que tiram vantagem. 
  
Muito provavelmente você, leitor (a), já ouviu falar sobre a Lei de Gérson. Para quem não conhece, uma breve explicação: essa lei ficou assim conhecida devido a um comercial de cigarros feito por um famoso jogador de futebol da década de 70, o Gérson – jura? – e nesse a frase “o importante é levar vantagem em tudo, certo?” acabou se destacando mais até do que o produto oferecido. Em resumo: essa "lei" tem a ver com a fama que as pessoas têm de levar vantagem em tudo, remete ao jeitinho brasileiro, à malandragem que é comum por aí.

Em um primeiro momento a gente pode até pensar que isso de levar vantagem  está muito longe de nós. Mas eu discordo. Quem está livre disso? Você? Pois eu não. E tenho uma excelente ilustração a respeito disso: minha vida profissional (senta que lá vem a história).

 A pessoa que vos escreve começou “engatinhando”, ganhando uma ninharia para fazer o que faz um hoje por um valor relativamente bom, registrado, certinho. Quando iniciei muita gente vinha com esse discurso de “ah, como você é bobinha, trabalhando quase de graça”... A bobinha aqui estudou, se esforçou e, hoje, algumas dessas pessoas que tanto deram apoio moral [/ironia] querem, vulgarmente falando, 'sugar dessas tetas' também. Isso muito me enfurece, me chateia.

No entanto, essa história de levar vantagem, lei de Gérson, querer bancar o malandro, espertão, fodalhão rende, é polêmica. Há uma linha tênue que separa o simples “quero o melhor pra mim” da falta de caráter e é aí que a coisa fica complicada. Coloquemos a hipocrisia na sacolinha e pensemos: quem, afinal, não gosta de se dar bem? Quem não quer se satisfazer? É tão bom quando as coisas dão certo, não é? É emocionante ver que você conseguiu aquela vaga de emprego que tanto queria, pois teve vantagem em relação ao seu concorrente. Então, não estamos livres disso. A diferença está no fato de que para “sair na frente” muitas pessoas (MUITAS MESMO) passam por cima de tudo e de todos. O mundo está cheio de sanguessugas que não param um minuto sequer para pensar se o sujeito ao lado tem as contas do mês para pagar e precisa daquela vaga de emprego, enquanto ele quer aquilo por puro e simples status. Complicado.

A ideia de tirar vantagem também pode ser relacionada ao egoísmo. Difícil dizer que alguém em um momento ou outro da vida não se prioriza, passa por cima ou deixa o outro de lado para atingir um objetivo. É natural que isso aconteça, uma vez que as pessoas não gostam de ser prejudicadas. Porém, essa natureza extrapola, vai além do que consideramos ético e no fim temos aquele que sobe ao pódio, mas temos também aquele que sai ferido.

Se pararmos para refletir veremos que tirar vantagem é muito mais comum do que a gente pensa e que tantas vezes isso acontece sem querer. Não, não quero dizer que devemos ter orgulho extremo disso, eu mesmo não sinto. Como ser humano que sou priorizo o altruísmo, mas não nego que sou sim tantas vezes egoísta. Não me desce essa ideia de fazer os outros de escada. E vamos combinar: é muito mais prazeroso lutar pelo que se quer, saber que todo esforço próprio valeu a pena, sem necessariamente tirar da boca do outro, não é mesmo?

Questiono ainda: qual o limite? Deveria haver um dispositivo que avisasse “fulano, você está indo longe demais, se segura, malandro!”. Mas ter um mundo sem malandragem, tentativa de vantagem ou falta de ética é quase impossível. Infelizmente.



@mariaritamm

domingo, 4 de setembro de 2011

All you do is take.

Tema da semana: Pessoas que tiram vantagem. 



Neal: When I'm not ready, you hunt me down. When I try and make it work, you're not interested. 
Molly: Ever since we met, it's about what I'm doing wrong... but I'm not the one with the problem. You are, you and your selfishness. All you do is take. I've got nothing for you right now, so... maybe it's time to start thinking about someone other than yourself. 



Esse diálogo é do filme Uptown Girls (Grande menina, pequena mulher), dessa cena aqui. E reflete um pouco como eu me sinto a respeito de algumas pessoas que já tiraram vantagem de mim, uma vez ou outra, ou várias vezes, porque dei mais chances, afinal, tenho um dom nato de ser trouxa .

A fonte secou. Não tem mais nada para tirar aqui.

Rica eu nunca fui, se um dia tivesse sido, talvez teria sobrado algo do que pudessem se aproveitar, porque não faço tanta conta de dinheiro quanto faço das minhas forças. É, faço conta das minhas forças. O fato é que já me orgulhei de ser forte, já fui algum dia, ou cheguei a acreditar nisso. De tanta força sugada, aqui e ali, não sobrou mais nada. E não estou falando dos amigos, porque estes devolveram, muitas vezes de forma multiplicada, toda força que de mim receberam.

Estou falando de gente egoísta, esquisita, que entende as relações, sejam pessoais ou profissionais, como oportunidades  de retirar tudo o que for possível, sem nada oferecer em troca, ou, na melhor das hipóteses, oferecer muito pouco.

Depois de uma temporada no fundo do poço graças a pessoas assim, agora toda força que brota na minha vida eu guardo para mim e para os poucos que estão ao meu redor devido a laços duradouros, e não por serem oportunistas.

Não sobrou nada, nem força, nem vontade. Nenhuma vontade de mover montanhas pra quem se recusou a ouvir meu choro de madrugada; de indicar para uma vaga de emprego alguém que se apoiou em mim para subir degraus; de fazer um pedido especial para quem esqueceu de mim por um ano, enquanto não precisava das forças que eu tinha; de ser sempre disponível para alguém que sempre me deixará de lado, seja por um projeto de vida, por um vídeo game ou por um romance.

E, ao contrário da mocinha do filme, eu não acredito que alguém acostumado a sempre “tirar” dos que estão a sua volta, um dia saiba pensar em qualquer pessoa além de si. Muito menos acredito em uma vida justa, de forma que um dia essas pessoas venham a não ter mais de quem tirar vantagem, e passem a sofre com o fim de todas as fontes. Como eu já disse em outro post, sempre há uma nova safra de gente para ser enganada,


De qualquer forma... Me sinto livre.

 I've got nothing for you right now... E nunca vou ter.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sonhos envelhecem ou nos renovam?

Por que se chamavam homens
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Clube da Esquina Nº2 - Lô Borges


Me aconteceram umas coisas bem chatas nos últimos dias, dessas que te desarrajam a vida - se assim  você permirtir. Bom, eu permiti, me permito essas coisas de vez em quando. O fato é que o tal acontecimento me fez rever alguns de meus planos - leia-se sonhos.

Eu acredito que a gente envelheça e que alguns sonhos envelheçam conosco. Não vejo envelhecer como algo ruim, vejo mais como crescer, como amarudecer e cair do pé, ir tocando a vida em frente com as novas experiências e vivência. E será que a gente pode mudar sem que os nosso sonhos mudem?

No passado, achava que os sonhos mais ligados à nossa essência, àquelas coisas que não mudam, permaneciam perenes e (semi-)intactos. Hoje, depois de tudo e um pouco mais, continuo achando isso. Me peguei pensando no meu sonho mais antigo, aquele dos primórdios, das minhas primeiras eras de formação, aquele mais inerente, visceral, estomacal, aquele do cerne, do âmago... Sim, aquele sonho... Já são dozes anos e ele permanece.

Outros sonhos a gente recicla. Não que fossem lixo, de modo algum, mas acabamos dando um jeito de adaptá-los aos momentos distintos, novos estilos de vida e diversas visões de mundo que adquirimos ao longo de nossas vidas.

Acho que, no fim das contas, as nossas prioridades mudam com a gente: o que me faz feliz aos quatro anos não é o que me faz feliz aos quarenta. E a felicidade anda de mãos dadas com os sonhos.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Eles não envelhecem

Por que se chamavam homens
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Clube da Esquina Nº2 - Lô Borges

Sem dúvida, é essa a energia principal. Aquilo que me motiva, que me impulsiona, que me encoraja. Os sonhos são o que nos faz viver. Há quem sonhe muito, viva "no mundo da lua", assim como eu. Há quem tenha poucos e objetivos sonhos. Há quem os esconda. E há quem os perca de vista, de tão grandes ou distantes que possam ser. Mas não importa o tamanho, não importa a distância e muito menos quais são os nossos sonhos. O que importa é que eles são o que temos de mais valioso. O valor de um sonho pode ser o valor de uma vida.

Eu acredito que serei feliz enquanto  puder sonhar. E me sentirei viva enquanto puder acreditar nos meus sonhos. E acreditar nos meus sonhos significa acreditar que sou capaz de realizar. E acreditar nas minhas realizações significa que sou capaz de viver. É um ciclo. 

E basta contar compasso
E basta contar consigo
Que a chama não tem pavio