sábado, 31 de julho de 2010

Qual é seu tumóvel ?

Farol de trânsito, sinal vermelho, primeira da fila, do seu lado um Crysler 300c e a sua frente à faixa de pedestre, e nela ? Pessoas atravessando, mas aposto que também veio a sua cabeça o Tiozinho do malabares, a Tia da balinha, a criança que lava pára-brisas, ou os tão adorados entregadores de panfletos ou os simples pedintes mesmo (esses são os melhores, a ausência de vergonha é total e além disso,tenho que conviver com a idéia de que eles ganham bem mais que eu ao final do mês, <<).

É impressionante como esse pessoal apavora a população motorizada, os faróis chegam, os vidros sobem. É tanta aversão que quando, por um ato falho, o encontro inevitavelmente acontece, o ser que se encontra no carro fica ao mesmo tempo frustrado, tipo: “afff...devia ter ido mais rápido, ai teria dado para eu passar no sinal ”, e com raiva: “Afinal, por que esse pessoal não procura um emprego e para de vagabundar pelas ruas ? ”. Fazendo uma confissão, sou assim também, mas se pararmos para pensar temos a horrível mania de estereotipar a todos, resumimos todos, a um mesmo conceito. As pessoas da panfletagem e os artistas de rua eu até sou mais receptiva, agora, quanto as Tias das balinhas e os Caras de pau que só pedem dinheiro, esses afff...se for preconceito, eu sou a primeira a falar que tenho, hehe.

Por outro lado, encontramos o preconceito invertido. Sabe por quê? Experiente andar em uma Brasilia 1978 bem cansada e precisando urgentemente de uma restauração. O que você encontrará ? Haha... paz e tranqüilidade em todos os faróis da cidade. Os “trabalhadores” de 5 segundos nem chegam perto do seu distinto carro, muito menos falam com você, e inversamente você pode acabar sendo ajudado por um deles. Tenho conhecimento empírico para afirmar que pior que ter um PREconceito das coisas é ser alvo do preconceito alheio, pois este segundo não depende de VOCÊ para alguma coisa mudar.



Adivinhem qual era o meu carro ?




sexta-feira, 30 de julho de 2010

E ai? O que você tá ouvindo?

Emo, Punk, Caipira, Rockeiro, Pagodeiro... Estilos..estilos..estilos.
Somos quase 6,5 bilhões de pessoas na Terra, e seria impossivel que todos gostassem do mesmo estilo musical.
Diferentes e interessantes, designaria a todos assim.
Infelizmente a nossa sociedade, não vê essas "diferenças"como algo bom, mas sim, como defeitos.Repare quando um emo passar perto de você, ele vai chamar a atenção e muitos começarão a rir. Só que se um pagodeiro passar perto de um grupo de Emos, eles também rirão.
O preconceito está enrraizado em nossa cultura, sempre fomos assim, temos essa maldade instaurada há tempos.
O que precisamos entender é que a musica que ouvimos ou gostamos não vai mudar nossa personalidade, ela pode mudar nossa aparência, mas continuaremos sendo as mesmas pessoas.
Trabalho em uma radio popular, isso significa que lá toca , em sua maioria, sertanejo e pagode. Quando entrei lá, era uma fã incondicional de rock, não suportava ouvir aquelas musicas que rimavam "Coração" com "paixão".. ou "amor"com "dor"...hehehe.. Mas após varios meses ouvindo isso, eu me acostumei, e hoje, tenho varias musicas sertanejas na minha playlist e vou a shows sertanejos pela radio.
Não deixei de ser a Natália que sempre fui, só mudei meu gênero musical, continuo gostando de rock, mas adicionei outros estilos ao que ouvia.
Então, deixa prá lá esses conceitos errados, liga o radio e curte o som!!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Paradoxo e Preconceito

Se fosse para escolher uma palavra para definir os meus gostos, com certeza esta não seria HOMOGÊNIA. Logo eu que me desfaço em nuances de toda a sorte, ora com cores tênues de indiferença, ora com pinceladas fortes da paixão. Gostar ou desgostar de algo é um processo complexo. Tirando as coisas ruins do mundo, os sentimentos perversos e melancia, acho que não sobra nada para eu odiar de fato. Pois no final das contas, me interessa mais conhecer a particularidade que cada coisa ou pessoa encerra em si. Assim, gosto de experimentar de tudo, ouvir de tudo e freqüentar diferentes lugares, tanto que nunca me encaixei num grupinho rotulado ou pertenci a uma tribo. Sempre fui da galera do tudo junto misturado. Por isso, não vejo o menor problema de no sábado a noite assistir um concerto da Sinfônica e no domingo a tarde prestigiar um sambinha com os amigos. Gostar de Kubrick e Scorsese, mas de vez em quando me satisfazer com uma comédia romântica de Sessão da Tarde. Comer foie gras, mas não dispensar uma boa comida de boteco. Tendo a acreditar que uma alternativa não exclui a outra, mas abre um caminho de novas possibilidades, e estas ultimas em muito me agradam. Mas, por favor, não confunda isso com ‘ser encima do muro’. Pois experimentar, tolerar e gostar de tudo não quer dizer que eu não tenha opinião própria o suficiente para fazer minhas escolhas de fato. Do contrário, gosto de tirar minhas próprias conclusões sobre as coisas e para isso preciso conhecê-las quase minuciosamente. Muitas vezes, me pego experimentando coisas que, a principio, não teriam nada a ver comigo. Caindo de amores por algo que até então nem me despertava a atenção. Mudando de opinião sobre o mesmo assunto na velocidade da luz. “Leitores vulgares, perdoem-me meus paradoxos. É preciso fazê-los quando se reflete, e, digam o que disserem, prefiro ser homem de paradoxos a ser homem de preconceitos”. Compartilhando deste ponto de vista, vou seguindo o caminho entre paradoxos e preconceitos, sempre desviado do segundo e mergulhando de cabeça no primeiro. Cah*

quarta-feira, 28 de julho de 2010

“No fundo, toda diferença é insuportável.”

Pra começar, não quero me eximir de todas as culpas. Eu tenho meus preconceitos, infelizmente. Não os cultivo com carinho, mas não consigo me desvencilhar deles. Sou cheia de preconceitos musicais e culturais, por exemplo.

Mas não é dos meus preconceitos que vou falar. Apesar de ter preconceito contra pessoas clichê, vou falar de um preconceito clichê, o preconceito contra homossexuais.



Não vou gastar palavras dizendo “eles são gente como a gente”, porque, meu bem, se você não percebeu, seu cérebro é menor que uma ervilha e eu não tenho esperanças quanto a você.

Se você é daquele tipo tradicional, que se diz hetero sem preconceito, mas quando encontra um homo fica cheio de não me toques/medinho de ser cantado, é bem sobre/com você que eu quero falar, meu pedaço de gostosura! Sim, gostosura! Afinal, o ser humano tem que ser muito irresistível pra se achar um alvo possível de todos os homossexuais do mundo, ou tem um espelho defeituoso em casa.  Saiba que os homossexuais não são tarados, nem desesperados e geralmente encontram homos muito mais gatos e inteligentes do que você, então, não! Eles não vão ficar obcecados pela sua pessoa viril, não cairão de amores e portanto você não precisa ficar correndo, com medinho de receber uma cantada e cair nela de primeira! E isso serve pras mulheres preconceituosas também...

Não vou entrar aqui na questão do “isso é anti-natural”, “papai-do-céu não gosta”, “isso é perversão”... Sabe, minha gente, eu me recuso a descer o nível, ou melhor, retroceder o século. Minha religião não aprova, mas eu não sou apegada a essa parte da minha religião, eu gosto mais da parte do “não fazer acepção de pessoas”, adoro essa parte! E adoraria checar se a bíblia de certas pessoas por aí está completinha, com todas as páginas e tudo mais!

É o que tenho a dizer, e arremato avisando que preconceito está fora de moda, sendo que, quando esteve na moda, era uma daquelas coisas ridículas tipo as calças do restart (ops, foi mal pelo preconceito)! Se desapegue disso, largue essa vida de dar razão ao Leminiski (vide título), seja gente, seja digno e vá se ocupar com coisas mais úteis do que tecer julgamentos prévios, irresponsáveis e idiotas sobre as pessoas. 

terça-feira, 27 de julho de 2010

O Preconceito e o (não) Saber...

Sabemos que o preconceito é um conceito formado antes que se haja um profundo conhecimento acerca de algo. O preconceito é, em várias situações, algo importante: desde crianças, ouvimos e vemos exemplos sobre o que é correto ou errado e, assumimos as opiniões alheias como nossas opiniões. Devido ao grande bombardeio de informações que recebemos do mundo, o preconceito nos facilita o aprendizado e nos permite maior tempo para elaboração dos nossos próprios conceitos. Quando aceitamos utilizar esse filtro conceitual de forma a contribuir para o nosso crescimento, torna-se algo muito bom. Porém, pode se transformar em uma grande barreira à evolução quando não sabemos ao certo, quais ideias não são nossas e, mesmo assim, as utilizamos correntemente como nossas e as defendemos com unhas e dentes. Isso piora quando a má organização do tempo e a preguiça se aliam ao preconceito. Atualmente, temos muitas informações sobre o mundo todo (e até sobre o universo) a apenas um clique de distância de nós. Seja pela televisão, jornais, internet, rádio ou outros meios, recebemos muitas informações sobre várias coisas e, quando percebemos, não tivemos tempo de pensar sobre aquilo e o pouco que pudemos acessar sobre aquela informação se torna uma verdade para nós. Viramos um rio de conhecimento cheio de informações com profundidade quase nula. Complicado isso, ne? Sim, pode ser. Pense nisso: se você tem dificuldades ou grande receio de dizer frases como: “eu não sei: “não tenho opinião formada sobre isso”, “li muito pouco e não entendi realmente o que ocorreu nesse caso”, ”eu não conheço tal autor ou tal conceito”, “ainda não li esse Best-Seller”, ou frases como essas em rodas de discussão acalorada, pode desconfiar! Pessoas que acreditam deverem saber opinar sobre tudo ou não poderem dizer que não sabem algo devem estar se achando mais importantes do que realmente são. Esse é um dos piores preconceitos que podem existir: ele não permite que a pessoa reveja seus conceitos por acreditar que deve estar sempre certa, que deve dar uma opinião certeira sobre a bolsa de valores, política, literatura, criminalidade, culinária, agricultura, poesia, moda e por aí vai... o resultado: um gogó bem forte e um cérebro fraquiiiinho, disfarçado por palavras antigas ou difíceis, retórica marcante recheadas com bastante ar, muito pedantismo e um emocional facilmente debilitado. Nesse caso, é melhor se flexibilizar com rapidez, e olhar bem para o espelho e conceituar o preconceito antes que se fique oco demais.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Preconceito não, mas Conceito

Preconceito significa um juízo ou idéia sobre algo, antes de conhecer melhor sobre a pessoa, coisa ou assunto. Isso leva a comportamentos discriminatórios em relação a outras pessoas e costumes diferentes aos praticados no meio de convivência de alguém. Hoje em dia, com a globalização e a maior liberdade de expressão, vivemos a defesa da variedade e liberdade de escolha e ser diferente não é mais “diferente”. Podemos notar isso nos vários grupos sociais e estilos que existem por aí. Porém, até hoje existem pessoas que antes mesmo de saberem melhor ou conhecerem mais sobre, já criam aversão por coisas que, talvez, nunca tenham se aproximado o suficiente para entender melhor. Isso me lembra de quando era criança e era super chata para comer. Tudo que era diferente eu simplesmente torcia o nariz e me recusava a comer. Até que um dia, frente a uma tigela com arroz japonês bem quente, shoyu e um ovo quebrado em cima (sim! Estava meio cru ainda!), dei um “piti” falando que era nojento e meu pai me deu uma lição que não se aplica somente a comidas diferentes: “Você nunca vai saber se gosta se não provar”. Ou seja, “Você nunca vai saber o porquê de não gostar de algo, de uma cultura ou de alguém se não experimentar ou conhecer melhor”. No final, essa mistura que pode parecer estranha fica muito boa! Então, antes de criarmos alguma opinião sobre uma cultura diferente, podemos tentar conhecê-la melhor antes de dizermos se é pior ou não do que a nossa, assim como pessoas que tem costumes diferentes e de etnias diferentes. Com isso podemos praticar o Conceito, que seria criar julgamentos sobre determinados assuntos nos baseando no que conhecemos e já vivenciamos. Assim, saberemos se estamos certos com nosso julgamento ou não, sabendo respeitar ao próximo assim como queremos que nos respeitem por nossas diferenças.

sábado, 24 de julho de 2010

Você precisa do que para ser feliz?

    Para alguns, Lacoste, Harmani,Valentino ou Calvin Klein, seria o bastante, para outros uma Ferrari, uma Lamborghini ou ainda uma Bugatti Veyron.

    O que é bem claro, é que todos vivemos em torno de um mundo consumista em que as pessoas focam sua plenitude e satisfação na conquista de algo material.

    Dessas sensações de plenitude e satisfação é que eu quero falar, pois, senão sempre, a maioria das vezes elas são confundidas ou entendidas com FELICIDADE.

    Os discursos são sempre bem parecidos, tipo: “Ah, eu só serei feliz quando eu conseguir minha casa própria e meu carro na garagem”, ou ainda, “Nossa, agora eu sou uma pessoa feliz, eu tenho tudo que eu sempre sonhei, um bom emprego, amigos, o carro dos meus sonhos". Será que é ai que a felicidade mora, ou se esconde ?

    Para muitos sim, já que baseamos nossa “felicidade” na conquista de bens de consumo. Mas nos esquecemos que essas conquistas bastam somente no momento, porque depois a vida nos põe a prova, pois o emprego tão sonhado te deixa exausto ao final do dia, os amigos, vão te decepcionar um dia, o carro dará problemas como um Fiat 147, portanto acho que a felicidade é bem mais que apenas conquistas que a maioria das vezes é momentânea. Ela é sim, momentos, mas acho que esses momentos de ventura não acontecem através de conquistas e sim quando você é pego de surpresa com uma carta de amor no momento propício.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Feliz é a Inocência

Inocentes.
Todos nós já fomos intocáveis e inatingíveis. Pensavamos que o mundo acabava com o arco-íris, que Papai-Noel existia e até que o coelhinho saia da toca e ia nos levar ovos de chocolate na Páscoa.
Creio que a felicidade era mais plena nessa época.Era mais pura.Não ficavamos felizes quando comprávamos alguma coisa ou quando um carinha que a gente "ficou", ligou no outro dia.
A graça aparecia num simples sorvete com o avô na praça, ou quando íamos ao zoológico com nossos pais.
Acredito que a felicidade está mais artificial, está num jogo de barganha.Se eu chamar atenção na festa eu vou ficar feliz, a noite toda. Mas amanhã, se eu for naquela loja do shopping, ficarei feliz também.
Baseamos a vida no "se", "caso"... Quero voltar aos tempos do concreto, do certo.Saber que ficarei feliz e nada abalará minha vida!
Quanto tempo...Como tudo mudou!
Crescer nos faz parar de ver o Mundo cor-de-rosa. E faz com que vejamos a escada que temos que subir até onde queremos chegar.
Mas como tudo tem um outro lado. Perder a inocência também é bom. Ganhamos experiência! Sabedoria para percorrer os caminhos. Se fossemos crianças nos perderíamos fácil.
É a história do João e Maria.. Crianças se perdem e são enganadas facilmente quando entram no Mundo dos adultos. Se eles fossem "macacos velhos" saberiam que aquela casa de doces dá carie.
Assim sendo, só nos sairíamos bem se fossemos inocentes e vivessemos num mundo propício a isso.
Termino com uma célebre frase do meu seriado preferido, Gossip Girl:
"Sem culpa, sem responsabilidade. As coisas apenas acontecem.Viva do jeito que quer viver."

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Felicidade Instantânea

“Tristeza não tem fim, felicidade sim...” Sabe aqueles dias que o Tom e Vinicius ficam cantarolando essa música na nossa cabeça, quando respirar dói e até a propaganda de sabão em pó faz a gente chorar? Nesses momentos quando os olhos estão marejados, a felicidade se torna o substantivo mais abstrato e distante que possa existir no universo e pensamos que nada vai nos tirar do poço. Até que começa a tocar uma canção distante no radio ou recebemos um SMS, pode ser um bilhete encontrado no fundo da gaveta ou alguém especial que apareceu de surpresa em nossa porta... Coisas que nos fazem sorrir, assim sem mais nem menos, muitas vezes em meio às lágrimas de angústia, elas se tornam o nosso fio condutor de felicidade. A essas coisas dou o nome de “pílulas de felicidade instantâneas”. E são essas “pílulas” que nos fazem seguir em frente, que nos dão o gás e renovam os ânimos para enfrentar mais uma segunda-feira difícil, um fim de semana de solidão ou mesmo para superar aquele pé na bunda. Até podem não resolver nossos problemas ou combater a causa de nossas tristezas, mas lembrar de momentos felizes já vividos, mesmo que seja por um segundo, faz a cândida felicidade de outros tempos invadir a alma e nos dar esperança suficiente para seguir em frente. Talvez, a felicidade seja assim mesmo, como Vinícius já cantava, findável. E a tristeza, como seu perfeito oposto, interminável. Como tudo o que é findável, dá espaço ao novo, não nos preocupemos com esses fatos! Pois isso não nos impede encontrar a tal da felicidade ao virar a próxima esquina dos sentimentos e renová-la todo o dia com nossas próprias “pílulas”. Hoje a minha pílula foi uma música, também da dupla Tom e Vinicius (daí a inspiração). E vocês, meus queridos, alguma receita infalível? Beijos e até semana que vem, Cah*

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Felicidade... de consumo e outras mais.


Já citei em outros blogs uma obsessão recente que sofri pela melissa do pequeno príncipe. Eu queria muito, mas não achava meu número... Sábado a melissa surgiu na minha frente, justo quando eu havia desistido,  e ainda em três opções de cor. Ela praticamente salvou meu fim de semana depressivo!


Eu tinha acabado de assistir “Bonequinha de Luxo” e lembrei da Audrey Hepburn ir à Tiffany e, em meio a um monte de jóias caras demais pra ela, dizer ao seu semi-belo par: “Entende que nada de mal pode acontecer aqui?” (ou algo nesse sentido). Olhei pra melissa e pensei: você é a minha Tiffany! O ressarcimento pelos maltratos recentes que a vida me infligiu!
Apenas até o domingo, quando calcei meu antigo sonho de consumo e meus dedos pediram socorro depois de três horas...  Claro, claro... É questão de tempo. Em breve meus pés e a melissa se entenderão.  Não, não... Eu não sou tão fútil assim, não esperava que uma sandália me ajudasse a remar para fora do marasmo onde me encontro.  Vamos ao macro...


Acredito que a maioria das pessoas, até mesmo as mais inteligentes, já imaginou que iria adquirir algum produto com um bônus de felicidade, ainda que pequenino.  Seja um sapato, um notebook, um carro, uma casa, uma tv, um gibi, um all star...  ou qualquer badulaque! O ser humano tem essa mania de colocar a felicidade aqui ou ali, seja em pequenas ou grandes porções!

Adquire o objeto de desejo e aperta os pés com ele!

Mas não satisfeitas em colocar essa felicidade vazia em coisas compráveis, as pessoas o fazem também com pessoas, empregos, relacionamentos, etc e tal.

 Colocam suas porções de felicidade em pessoas e quando percebem que calcularam errado, as despacham!  Colocam sua felicidade em casar e ter filhos e se tornam aqueles pais que culpam a família pelas suas derrotas! Colocam sua felicidade no emprego, ficam frustrados e se tornam aqueles chefes tenebrosos!

Estou viajando nas comparações? Talvez um pouco... Mas o que quero dizer é que, a culpa das pessoas consumirem as coisas pensando que vão ficar felizes não é do capitalismo selvagem! Isso o ser humano deve fazer desde que inventaram a moeda...

Aposto que o cara que inventou a roda pensou que, depois dela, seria feliz pra sempre! Se foi? Duvido!

Creio que a felicidade, quase sempre, é uma coisa com um prazo de validade relativamente curto. Ela não está ali, naquilo ou em alguém, mas está em um monte de momentos que envolvem aquele lugar, aquela coisa ou aquela pessoa.


Você é feliz, e não é feliz!  Tipo um pisca-pisca, entende? Cada um configura seu pisca-pisca, prolongando ou diminuindo os momentos de felicidade .

terça-feira, 20 de julho de 2010

E você? O que é que tá pensando?

Felicidade... várias teorias, conceitos, estudos. Eu poderia caminhar sobre os mais diferentes campos do conhecimento e expor aqui as ideias mais recentes sobre a felicidade e sobre a falta dela... Prefiro tocar em um aspecto que será mais próximo de cada leitor corajoso que se proponha a exercitar-se em pensamento e autodescobrimento. Sei que, nessa rotina atribulada e cheia de estímulos de hoje em dia, pode ser muito mais interessante receber uma resposta pronta ou até um questionamento pronto para aceitá-lo e catalogá-lo lá na biblioteca interna (que cada um tem) para que se possa resgatá-lo nos diversos momentos que o assunto vier à tona. Mas, creio que isso não seja algo muito fértil, apesar de rápido e comum. Sendo assim, pergunto a você que me lê, para que responda em seu silêncio profundo: o que te faz ter esse sentimento de euforia, essa leveza que te dá vontade de sorrir muito, de abraçar alguém, de gritar? Esse algo que, mesmo momentâneo, dá vontade de estender por um milênio, que faz bem, dá um prazer enorme? Depois, quem sabe, você se arrisque a tentar pensar: o que você faz para sentir isso mais vezes? Para ter esse gostinho agradável mais frequentemente? E ainda: o que você faz para que outras pessoas sintam isso? E aí, pensou (gastou seu precioso tempo ne? rs) ou tentou responder sem ar de desdém? Ressalto que o objetivo não são as respostas diretas a cada uma dessas perguntas. E sim, o que você fará com cada uma de suas respostas... hum... Bem, de repente, se pode aceitá-las e pronto (acho que, nesse caso, você deve ser bem satisfeito com você mesmo ne?). Pode-se olhar para elas e entender que poderia ser mais legal se fosse mais um pouco assim... mais para direita ou para a esquerda... quem sabe! Ou, de repente, que você deve começar a, pelo menos, tentar pensar sobre o assunto... afinal, felicidade não é algo pronto que se compra na livraria, uma droga, um ponto final, o objetivo, uma biologia e muito menos algo simples que se lê em um blog... ou é?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O segredo da felicidade

Todas as pessoas procuram a felicidade e, para isso, trabalham duro e tentam de tudo para atingir a plena felicidade, mas nem todos conseguem. Afinal, qual é o segredo? Certa vez ouvi uma história que contava que Deus e seus anjos, ao criarem a felicidade, resolveram esconder o segredo para alcançá-la. Um dos anjos sugeriu esconder o segredo da felicidade na montanha mais alta, outro sugeriu no fundo do mais fundo mar e outro sugeriu no centro da Terra. Após as sugestões Deus diz que nenhum desses lugares seria bom o suficiente, pois são lugares nos quais o homem pensaria em procurar por serem lugares de difícil acesso. Com isso decidiram que o melhor lugar para guardar este segredo seria num lugar em que os homens não desconfiariam e poucos procurariam, dentro de si mesmos. Assim como uma história que ouvi, creio que a chave da felicidade está dentro de cada pessoa. Para muitos a felicidade se esconde em uma família unida, para outros a realização profissional, ter bons amigos, e por aí vai... Portanto, o importante para ser feliz é fazer algo que lhe de prazer e satisfação pessoal como escolher uma carreira relacionada com algo que ame fazer. Isso faz com que seus dias sejam menos estressantes e mais alegres. Procure também dar valor aos pequenos momentos alegres que ocorrem no dia a dia, pois a busca por momentos de grande felicidade mascaram as pequenas alegrias que podem acontecer todos os dias, fazendo com que as vezes não sintamos a alegria que pode estar presente durante nosso cotidiano, invejando aqueles que vêem motivo para ser feliz por pequenas coisas. Creio que estes sejam alguns dos maiores segredos para a felicidade.

domingo, 18 de julho de 2010

Mas hein?


É interessantíssimo como as pessoas colocam tudo sob o rótulo de ‘o importante é ser feliz’, ‘se você não for feliz não adianta’, o que eu quero é ‘buscar minha felicidade’ e etc. etc. e etc.
Juro para vocês que essas frases pra mim são tão vagas como “o bebê bebe a baba do boi”.  Afinal, o que é essa bendita felicidade? A gramática normativa, que pouco se importa com os desvios e blá blá blá, resolve o problema dizendo que é um substantivo abstrato, bom, pelo menos a parte do abstrato é concreto pra mim.
Agora a ambiguidade do verbo ‘ser’ a gramática não resolve. Afinal, se for possível definir o que é felicidade, será possível ser feliz, ou apenas estar feliz?
E mais, se é possível ‘estar feliz’, o objetivo da vida é chegar a esse estado e, ao que parece, a todo custo? Inclusive o de colocar outra pessoa na fogueira porque afinal, você quer ser/estar feliz? Estranho...
Hoje eu percebo que existe um estado de ‘nada’, que nem se está rindo, nem chorando, nem pensativa nem nada. Apenas um ‘standbye’. Estado natural, normalzinho da Silva, e ninguém precisa ir à ponte e pular de lá apenas pra ter um pouco de emoção.
Sou desconfiadíssima, e quando alguém me diz está fazendo determinada coisa porque está em busca da felicidade, eu realmente fico alerta. Acho que felicidade, seja lá o que isso for, é consequência do processo e não o objetivo, é, para melhor exemplificar, o efeito colateral positivo.

sábado, 17 de julho de 2010

Um gênio para Aladin nenhum botar defeito...


Estou aqui hoje pra confessar....  Eu sou uma “computerholic” (nem sei se a palavra existe, mas o importante é pegarem o espírito), sendo assim não poderia falar de outro gênio senão de William Henry Gates III, para os mais íntimos Bill Gates. Ele SÓ inventou o software mais usado no mundo todo. E foi um dos pioneiros na revolução do Computador pessoal.

Pois bem, façamos um flashback rápido às origens desse gênio.
Bill Gates, um norte-americano que  foi admitido na prestigiosa Universidade Harvard, conseguindo 1590 pontos na prova do “SATs” dos 1600 pontos possíveis, (desculpa ai... snif, snif) e acreditem se quiser ele abandonou o curso de Matemática e Direito no 3° ano, para dedicar-se à Microsoft. Está ai o homem visionário que apostou no mercado de software na época em que o hardware era considerado muito mais valioso.

Trabalhou como pesquisador visitante na University of Massachusetts at Amherst, UMASS, Estados Unidos, quando com 17 anos, desenvolveu junto com Paul Allen (seu sócio) um software para leitura de fitas magnéticas, com informações de tráfego de veículos, em um chip Intel 8008. (O que isso significa? Faço a mínima idéia, e por isso daremos muito crédito a ele, pois sei onde tudo isso vai dar, hehe). Com esse produto, Gates e Allen criaram uma empresa, a Traf-o-Data, porém os clientes desistiram do negócio quando descobriram a idade dos donos. (Dai, acho que ele entra na disputa com o Rimbaud, quem será que nos faz sentir mais limitadas??? Hein???)

Ah, outra curiosidade! Nos anos 80, para não perder um certo cliente o jovem Bill Gates foi a uma pequena empresa que havia desenvolvido o sistema para o processador da Intel que ele precisava, e decidiu comprá-lo, pagou cerca de US$ 50 mil, personalizou o programa e vendeu-o por US$ 8 milhoes (nem teve lucro), mantendo a licença do produto. Este viria a ser o MS-DOS. (O que é isso? Veja em http://pt.wikipedia.org/wiki/MS-DOS).

A sua galinha dos ovos de ouro, Microsoft, foi fundada em 1975 por ele, então com 19 anos (aff, com quantos anos eu estou ? Ah...e ainda ganhando como estagiária? Ah, só para saber), em parceria com Paul Allen.

Voltando do túnel do tempo, em 2008, Bill Gates retirou-se definitivamente da Microsoft para se dedicar inteiramente aos seus projetos filantrópicos.

Ah, não podemos esquecer do pezinho de meia para um futuro tranquilo, nosso empresário liderava o ranking dos mais ricos do mundo desde 1995, segundo a revista Forbes, sua fortuna era estimada em US$ 130 bilhões. Na lista de 2010, Bill vem em segundo lugar com uma fortuna estimada em 53 bilhões de dólares (eu achei super pouco, o leite está tão caro...).




Bom gente, reafirmando o que eu disse no começo do post, o Bill foi meu escolhido pois sem ele, provavelmente, eu não estaria aqui escrevendo meu texto para ser lido por vocês. Aliás, escrevendo o texto no programa “Word” (criado por ele) que faz parte do pacote “Office” (criado por ele) que vem integrado no sistema operacional “Windows” (adivinha quem criou?). Pois então, acho super válido um espacinho na semana dos gênios a esse CARA  visionário que proporcionou  a cada um de nós, não especialistas em informática, a fazer uso de uma ferramenta tão essencial para várias profissões e para conhecermos mais sobre esse mundo que nos cerca.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A Maior Estilista do Século XX

Gabrielle Bonheur Chanel, mais conhecida como Coco Chanel, uma mulher a frente de seu tempo.Suas criações influenciaram e até hoje ditam tendência e comportamentos.
Coco aboliu os vestidos armados em favor de um jeito de vestir prático e confortável; criou roupas e acessórios que hoje se encontram expostos em museus; sempre preferiu o trabalho à conveniência de um casamento e montou, sozinha, um império equivalente a 4,5 bilhões de dolares.
Independente, bem-sucedida e com estilo, assim Coco desejava que a mulher fosse nos anos 20. E para vestir essa "miss independent" ela criou os tailleurs, colares de pérolas, as bolsas de couro de carneiro com correntes douradas e o famoso vestido "pretinho básico".
Mas foi o seu perfume, o Chanel nº 5, tido como o mais vendido no mundo , que a tornou bilionária. "Um perfume de mulher com cheiro de mulher". Dentro de um frasco art déco, que foi incorporado à coleção permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York em 1959 , o Chanel nº 5 foi o primeiro perfume sintético a levar o nome de um estilista.
A escolhi para colocá-la na posição de "gênio", pois ela foi não só uma estilista de sucesso, mas sim uma mulher vitoriosa. Um exemplo. Quebrou barreiras, modelos e padrões. Mostrou que a mulher podia ser muito mais do que a sombra de um homem, podia ser seu espelho! "Eu criei um estilo para um mundo inteiro.Vê-se em todas as lojas "estilo Chanel". Não há nada que se assemelhe. Sou escrava do meu estilo. Um estilo não sai da moda; Chanel não sai da moda."
Coco Chanel

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Uma Mente Tamanho do Universo

"Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me considerar rei do espaço infinito..." Shakespeare, "Hamlet”, ato 2, cena 2. "Hamlet talvez quisesse dizer que, embora nós, seres humanos, sejamos muito limitados fisicamente, nossas mentes estão livres para explorar todo o universo e para avançar audaciosamente para onde até mesmo a 'Jornada nas Estrelas' teme seguir - se os maus sonhos permitirem". Stephen William Hawking E assim começa a obra “O Universo Numa Casca de Noz” dedicada aos mais variados conceitos da Matemática e da Física, abordando desde assuntos como teoria quântica, conceito de tempo e expansão do universo chegando até em experimentos que eu não tenho a mínima capacidade nem de explicar nem de entender muito bem. Fato que não impediu uma reles mortal como eu de desfrutar das primeiras páginas deste premiado livro, pois a densidade dos conceitos físico e matemáticos é compensada por uma narrativa leve e bem humorada. E assim, lendo o começo deste livro, passei a me interessar pela vida e obra de Stephen William Hawking, dar atenção às suas entrevistas, aparições, estudos e documentários. Então descobri que a palavra gênio não descreve e nem reconhece tudo o que Hawking representa, ele é mais (e muito mais). Um verdadeiro exemplo de vida e de superação, que ultrapassa os níveis da inteligência e transcende e interdependência entre a mente e o corpo. Fadado à limitação física, ele abriu as portas para o seu interior, explorando os mil caminhos que a mente humana pode traçar quando aliada à alta capacidade intelectual. E a parte mais surpreendente de toda a sua história é o fato dele não fazer questão nenhuma de guardar esse tesouro adquirido em anos de dedicação e estudos para si e seu mundinho acadêmico. Pelo contrário, mais do que expor esses conhecimentos ao mundo, ele quis que os leigos entendessem do assunto. Por isso, fala da física e suas teorias do universo com simplicidade tamanha a tal ponto de acreditarmos na obviedade destes temas, mesmo sabendo que trivialidade não é palavra de ordem nesta ciência. Contudo, em sua obra simplicidade jamais poderá ser confundida com mediocridade. Ele explora o abstrato com uma segurança desconcertante. E até chega a afirmar que a Teoria da Relatividade de Einstein (sim, o Albert) falhou ao tentar descrever os momentos iniciais do universo e não incorporar o princípio da incerteza. Para alguém contestar com propriedade a Teoria de Albert Einstein e, desde 1979, ocupar a cadeira de Isaac Newton como professor de matemática na Universidade de Cambridge, este alguém deve ser no mínimo genial. Por isso volto a afirmar: Stephen Hawking é mais! Mais do que um gênio figurando nossos livros de Física em fotos amarelada. De carne e osso, ele está aqui dividindo esta dimensão de tempo, interagindo diretamente com a criação de novas teorias e, o principal, nos ensinando a lidar com isso. Para se inspirar: Explosions In The Sky. Vale o Click! Beijos e até semana que vem, Cah*

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Gênio Brasileiro das Nuvens

Olha só, eu, Dai, aparecendo em dia errado. Mas a ocasião pede. Hoje nós temos uma nova participante. Sim, a Tati teve que sair, navegar sob a força de novos ventos e agora temos uma nova improvável: a Ana B. Tati, valeu muitíssimo pela participação, e já sabe, sempre estará em casa.


Bom, mas tenho que dizer a verdade, a Ana é super provável, já tem blog, na verdade, quatro. É acostumada a escrever, escreve supeeer bem e tem uma ironia adorável. Enfim, escolha super provável, só não era certa porque havia a possibilidade de ela não aceitar, mas ufa...aceitou! Hoje ela estreia, seja bem-vinda!


= * =


Essa coisa de pessoa genial pode parecer algo muuuuuito distante,  por isso eu queria um gênio brasileiro, para pelo menos sentir como algo mais próximo. Pensei em Machado de Assis e Villa Lobos, não sei qual o Q.I. de cada um, mas das coisas que li por aí, o que mais achei interessante foi a idéia de que ser gênio não é uma questão de Q.I., mas de modificar a maneira como as coisas são feitas, de mudar o curso da história, pelo menos do meio onde atuam.

Por fim, estava  conversando com uma grande amiga catarinense, falando de gênios e da minha mente aérea,  e ela acabou me sugerindo Santos Dumont. Como não pensei nele antes, estando com os pés tão longe do chão?

Santos Dumont era mineiro, e eu adoro mineiros (sem malícia, meu pai é mineiro)! Santos Dumont era neto de um francês, eu adoro francês (sem malícia, o idioma francês)!

Como era um cara esperto, afinal estamos falando de um gênio, Beto Dumont (acabo de me tornar íntima dele, e pra mim todo Alberto é Beto) começou as coisas pelo começo! Você pode achar isso muito óbvio, mas a verdade é que o mundo está cheio de gente (principalmente do sexo masculino) que prefere começar as coisas pelo meio ou pelo final, e por isso quebra a cara muito mais do que o necessário.

Beto Dumont começou olhando as nuvens, quando criança e pensando que o homem deveria aprender a voar um dia! Aí fez umas pipas psicodélicas, enquanto dirigia tudo quanto é maquininha da fazenda de seu pai, consertava a máquina de costura da sua mãe e fazia outras coisitas, que muita gente leva a vida inteira pra NÃO aprender a fazer.

Gênio também tem azar, então o pai dele sofreu umas aflições, e Beto foi pra Paris com o pai em busca de um tratamento médico. O pai de Beto sacou que tinha um filho esperto, por isso alforriou emancipou o filho, e como eles tinham uma situação financeira confortável , Dumontzinho ficou ali naquela cidade horrorosa, aprimorando seus conhecimentos de gênio para um dia se dedicar a um vôo mais bem sucedido que o de Ícaro!

Nessa época ele pensou em dar um rolé em um balão maneiro, mas ele não tinha cacife para tanto, teve que se resignar a sua vida de gênio e se dedicar ao estudo de automóveis, procrastinando o momento de tirar, de maneira literal, os pés do chão.

Até que um dia ele fez o seu próprio balão, e depois um balão dirigível. Com o balão dirigível ele deixou os franceses embasbacados ao conseguir coincidir o ponto de partida com o ponto de chegada! Ele andou em círculo, minha gente! Aquilo que faz a gente sofrer na vida amorosa, ao ser feito por Beto Dumont em um dirigível, chamou a atenção da cidade das luzes! E você acha que ele ganhou uma medalha com isso? Sim, ganhou! Talvez nós também conseguíssemos medalhas se parássemos de andar em círculos com o coração e passássemos a fazê-lo com alguma coisa voadora.

Acho que seria difícil resistir aos encantos de um gênio, imagina no caso de um gênio generoso? Santos Dumont era generoso! Ganhou um premiozinho básico de 100.000 francos ao dar uma volta de dirigível em torno da charmosa Torre Eiffel, e ao invés de comprar tudo em camisinha balinha ele dividiu a bufunfa entre os pobres e os mecânicos que o ajudaram no projeto! Não foi um fofo?

Era um fofo genial e ainda por cima transitando no centro das atenções de dois países! O Brasil mandou um premio de reconhecimento, o aero clube da França oferecia banquete e o gênio nem pra bancar o homem comum, não deixou o ego inflar, nem sossegou! Para o alto e avante!

Para o alto e avante sem ser extra-terrestre como o superman, ou seja, sem capinha vermelha e colant azul! E também sem asinhas falhas como as de Ícaro! Para o alto e avante com estilo, meu bem! Para o alto e avante com o 14 bis! Que design! Que gracinha! Que orgulho!  Aí ele ganhou uma estátua na França, a casa onde nasceu do Congresso Brasileiro e de brinde uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (a ex de Graça Aranha), mas dessa ele não se apossou.



Essa é a parte da historinha do Gênio Brasileiro das Nuvens que me chamou a atenção, em versão a  la “miguxa do leitor”! Não farei sempre isso (prometo!), mas essa coisa de nuvens mexe comigo!  Ainda mais falando sobre um cara assim, que soube ir tão longe, se inspirando só ao olhar nas nuvens! 

terça-feira, 13 de julho de 2010

Um pouco sobre Tales e sobre a filosofia...

Escreverei, aqui, sobre um pensador bem antigo como forma de lhe agradecer por ter sido uma das primeiras pessoas, de que temos registros, que organizou sua maneira de pensar a fim de ultrapassar as barreiras visíveis e superficiais da realidade: Tales de Mileto.

Ele é do século VI a.C. e não é um consenso a informação de que, com ele, tenha nascido a filosofia. Alguns estudiosos, como Jakob Brucker, dizem que a filosofia é bem anterior a esta data. No caso desse estudioso, ela remonta sua origem às épocas de Adão e Eva, e diz que a filosofia alimenta-se de si mesma, existe por existir, sendo auto-suficiente e não precisando de alguém para criá-la. Outros, dizem que nas poesias de Hesíodo ou Homero já estavam presentes os primeiros sinais do filosofar.

Como, nessa pequena polêmica sobre o nascimento da filosofia, sempre está presente a figura de Tales, dedico a ele essas linhas. Não apenas por isso, mas, também porque acredito que quebrar uma linha natural de vivência e disseminar novas ideias e raciocínios não é algo fácil. Ainda mais, quando se faz com que essas ideias se espalhem por todos os lados e com que permaneçam por muito tempo vívidas.

Tales se questionou sobre a origem das coisas e trouxe sua contribuição dizendo ser “a água o princípio das coisas” e dizendo que “tudo estaria cheio de deuses”. Interpretado de diferentes formas, seu primeiro enunciado pode indicá-lo como materialista ou precursor desse pensamento em uma primeira leitura. Porém, essa informação é questionada quando se considera o contexto de sua segunda afirmação: de que os deuses permeariam tudo. Segundo Aristóteles, quando Tales falava sobre a água, poderia se referir ao referia à lenda do oceano como rio originário e do Estige. De acordo com essa ligação, percebe-se que não estão desconexas as propostas feitas por Tales. Seu pensamento se voltava a um princípio único presente em tudo.

Mesmo considerando que Tales não se desligou da origem divina que daria sustentação a tudo o que é, é de uma grandeza admirável sua proposta questionadora, a qual se vê presente e viva nos maiores gênios de todos os tempos e de atualmente.

Sendo assim, deixo o meu agradecimento a todos esses pensadores e questionadores, que trouxeram luz à Terra, usando de sua inteligência e genialidade para proporem perguntas e respostas de modo a quebrarem a calma e tranquilidade do mundo e da vida rotineira, possibilitando saltos evolutivos inquietantes desde sempre até os dias atuais.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Da Vinci, o grande polímata

Um gênio é uma pessoa com uma capacidade mental de assimilação e criatividade além do comum, sendo habilidoso em muitas áreas mentais. Assim, um gênio é capaz de produzir e criar coisas inimagináveis, originais e que surpreendem as pessoas ao longo do tempo. Por isso um dos gênios que mais admiro é Leonardo da Vinci que era um grande polímata, ou seja, exímio cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico (ufa! Fiquei até sem fôlego!) Primeiramente, a fama de Leonardo era a de um grande pintor e suas pinturas eram, e ainda são famosíssimas devido aos seus conhecimentos de botânica, anatomia, luz e geologia fazendo com que suas obras retratem de forma quase que real as expressões e ambientes, que hoje podem ser vistos nos famosíssimos quadros de Mona Lisa e A Última Ceia. Além disso, Leonardo da Vinci possuía cadernos com anotações sobre tudo, desde lista de compras até desenhos de projetos e anatomia. Suas anotações eram, em grande parte, escritas de forma invertida. Entre elas pode-se encontrar o famoso desenho do Homem Vitruviano, desenhos arquitetônicos, esboços de suas obras, seus projetos (entre eles suas máquinas voadoras e sapatos para andar sobre a água), além de suas análises da anatomia (esqueletos, músculos, órgãos internos, sistema vascular, entre outros). Todas suas obras e projetos juntavam todas as habilidades que possuía, criando obras que até hoje são citadas e se encontram entre as mais reproduzidas e parodiadas do mundo. Da Vinci foi capaz também de “visualizar o futuro”, desenhando projetos de helicópteros, calculadoras e o uso da energia solar. Idéias essas que vieram a ser desenvolvidas e se mostraram um sucesso centenas de anos depois. É essa habilidade de Leonardo da Vinci de ser um visionário e produzir obras atemporais que faz com seja reconhecido como um dos maiores gênios do mundo. Ah... E é verdade, só porque esta semana vamos falar sobre gênios, me senti atraída pelo famoso teste de QI, e descobri que o QI de uma pessoa normal gira em torno de 90 a 109 e o de um gênio é, em média, maior que 140. Estudos calcularam que o QI de Leonardo da Vince era de, aproximadamente, 180! Impressionante não?

domingo, 11 de julho de 2010

Quando penso em você...

... eu vejo como sou limitada.

O Rimbaud, como vários outros, me lembra como existem pessoas acima da média, muito acima dessa grande mediocridade que reina muitas [e muitas] vezes. Pessoas que ficam em cima do muro tanto em talento quanto em ideais, política, sexualidade, enfim, vida. Pessoas que não serão lembradas.

Mas o Rimbaud não, ele CAUSOU. Já na escola, no quarto ano, fazia traduções do latim (o que na época era normal, e é interessante como os parâmetros mudam, no quarto ano a pessoa sabia escrever e traduzir de uma língua como o latim e hoje em dia sai do ensino médio sem saber ao certo o que é verbo To Be...).

Compôs seus primeiros poemas em latim e teve muitas publicações. Seu primeiro contato com a literatura foi, portando, com os grandes clássicos e o começo de sua criação se deu na forma de pastiche. Nessa época ele escreve uma fábula em latim que os próprios latinistas confundem, achando que é original (oi?).

Na adolescência lê outros autores, como o Vitor Hugo, por exemplo, pela influência de um professor. Foge várias vezes de casa e vai parar em Paris, onde conhece Paul Verlaine, seu futuro atribulado caso amoroso.

Desafia grandes poetas, acusa a grade mediocridade deles, formado pela Tradição, não se prende a ela. Na realidade, não é uma questão de não se prender, mas de ultrapassar, de transcender. Rimbaud vai muito além: ele transborda.

Dá cores às vogais: propõe uma revolução literária com a qual não teve contato., quero dizer, antes dele Baudelaire tinha (e)levado ao máximo o conceito de sinestesia e sem que tivesse contato ele, Rimbaud também busca o exploramento supra da linguagem. E quer atingir não mais pelos olhos, mas pelos poros.

Rimbaud tinha consciência absurda (no sentido bom) de si mesmo e do papel que sua arte representava, se não naquele momento, mas para toda a posterioridade. Todos os escritores, sobretudo poetas, devem a ele a Modernidade.

E é claro, ele teve muuuuito tempo para fazer isso, não é? Nããão!!! Praticamente, toda sua poesia em língua francesa foi feita dos 15 aos 18 anos (sim, eu tenho dor de cotovelo)!!!

Outra coisa que surpreende neste poeta formidável, é a mudança, não apenas de vida, mas de aspecto físico. Em 1875 ele abandona a França, fica um ano alistado na guerra e depois parte para o norte da África, onde passa o resto da sua vida (morre muito cedo, com 37 anos).

Não preciso descrever a mudança, vejam as fotos:



















Enfim, se eu pudesse perguntar algo a ele seria apenas isso: o que diabos você foi fazer na África?? Acho que ele responderia: fugir dos meus próprios demônios. Enfim, é uma coisa que entendo (depois de ler alguns estudos e “Uma temporada (ou Estação) no Inferno”, eu consigo entender, apesar de não conseguir explicar.

Como bem disse Leminski, se Rimbaud vivesse nos dias de hoje, seria um cantor de rock. Concordo.

“O que Mallarmé não parece ter adivinhado é que o 'Viajante notável' voltaria, que ia ficar, que não pararia de crescer, que sua influência se estenderia sobre todas as gerações e que aquele garoto seria no século novo não o mestre, e sim, melhor ainda, o mensageiro, o profeta de toda uma juventude febril, entusiasta, rebelde”

Georges Duhamev

sábado, 10 de julho de 2010

Des-União Européia

     Os anos 90 trouxe um período econômico mundial onde os países se viram obrigados a se juntar em blocos para evitar uma possível quebra generalizada. Assim nasceu o Mercosul, o Nafta e, lá na Europa, a União Européia. Uma união que deu tão certo que até a moeda foi unificada, o Euro.
     Mas já que o assunto da semana não é “geopolítico” aproveitei a partida final da Copa do Mundo de Futebol para concluir que essa União Européia não seria tão unida como pensava.
     Entre as 36 seleções classificadas os dois melhores times foram Espanha e Holanda. Ambos europeus, unidos sob um mesmo “bloco econômico” e pagando salários com a mesma moeda. A renda “per capta” entre eles também é muito próxima, ambas na casa dos 35mil dólares (a título de comparação, a renda “per capta” do Brasil é de 7.500 dólares).
     Ainda na onda das metáforas, duas nações tão antigas e tradicionalistas que ainda são administradas por reinos. Por lá não existem Presidentes, o Parlamento escolhe o Primeiro-Ministro e a família Real fica assistindo de camarote.
     O futebol dos finalistas está entre os mais caros do mundo, com os salários mais bem pagos de toda a Europa, porém, nem Espanha e nem Holanda nunca conseguiram ganhar uma copa do mundo. O Confronto final entre elas acabou sendo surpresa, pois os bolões ao redor do globo giravam entre Alemanha, Itália, Brasil e Argentina. Havia sim gente apostando na Espanha, claro, mas eram minorias.
     Mas o tema aqui abordado foi Copa do Mundo, que escolheu a África do Sul para representar a união entre as raças, a inexistência do preconceito, a superação de todas as diferenças sendo resumida em uma única competição esportiva que celebrava a paz como forma de união.
     Agora eu me pergunto: “Tanta união, tanta paz, tanta igualdade, quem vai me explicar por que o jogo da final teve 13 cartões amarelos e foi o jogo mais violento de toda a história do futebol ?” Afinal, o que a Copa da Mundo na África do Sul me ensinou ?

*Laís*